Um famoso Português navegador do século quinze, descobridor do Cabo da Boa Esperança; morreu no mar, 29 de maio de 1500.

 Os historiadores afirmam que ele era um parente ou descendente de João Dias que navegou ao redor do Cabo Bojador em 1434, e de Diniz Dias, que se diz ter descoberto as Ilhas de Cabo Verde. Já em 1481 Bartolomeu Dias tinha acompanhado Diogo d’Azambuja numa expedição à Costa do Ouro.

Dias era um cavaleiro da corte real, superintendente dos armazéns reais e mestre de vela do homem de guerra “San Christovao”, quando o rei João (João) II o nomeou em 10 de outubro de 1486, como chefe de uma expedição que deveria se esforçar para navegar ao redor do extremo sul do país África. Seu principal objetivo era encontrar o país do Cristão Africano rei conhecido como Prester John, a respeito de quem os relatórios recentes tinham chegado (1486) através de João Alfonso d’Aveiro, e com quem o Português desejou entrar em relações amistosas.

Após dez meses de preparação Dias saiu Lisboa a última parte de Julho ou o início de Agosto de 1487, com duas caravelas armadas de cinquenta toneladas cada e um navio de abastecimento. Entre seus companheiros estavam Pero d’Alemquer, que escreveu uma descrição de Vasco da Gama primeira viagem, Leitão, João Infante, Álvaro Martins e João Grego. O navio de abastecimento foi comandado pelo irmão de Bartolomeu, Pero Dias. Havia também dois negros e quatro negresses a bordo que deveriam ser colocadas em terra em locais adequados para explicar aos nativos o propósito da expedição.

Dias navegou primeiro em direção à foz do Congo, descoberto no ano anterior por Cao e Atuar, depois seguindo o Africanona costa, ele entrou na Baía de Walfisch, e provavelmente ergueu a primeira de suas colunas de pedra perto da atual Angra Pequena. A partir de 29° de latitude sul (Port Nolloth) perdeu de vista a costa e foi conduzido por uma violenta tempestade, que durou treze dias, muito para além da capa a sul. Quando o tempo calmo voltou navegou novamente em direção leste e, quando nenhuma terra apareceu, virou-se para o norte, aterrissando na Bahia dos Vaqueiros (Mossel Bay). Seguindo a costa, ele chegou à Baía de Algoa e, em seguida, ao limite de sua exploração, o Grande Rio dos Peixes, que recebeu o nome do comandante do navio que o acompanhava, Rio Infante. Foi só na sua viagem de regresso que descobriu o Cabo, ao qual, segundo Barros, deu o nome de Cabo Tormentoso. O rei João, tendo em vista o sucesso da expedição, é dito ter proposto o nome que desde então tem suportadoCabo da Boa Esperança. Em dezembro de 1488, Dias voltou a Lisboa após uma ausência de dezesseis meses e dezessete dias. Ele havia mostrado o caminho para Vasco da Gama que em 1497 acompanhou, mas em posição subordinada, até às Ilhas de Cabo Verde.

Em 1500 Dias comandou um navio na expedição de Cabral; seu navio, no entanto, foi um dos que naufragou não muito longe do Cabo da Boa Esperança, que ele havia descoberto treze anos antes. Um relatório oficial da expedição à capa ainda não foi encontrado. Além da conta por Barros há uma nota escrita na margem da página 13 de um manuscrito cópia de Do Cardeal Pierre d’Ailly “Imago Mundi”, que é de importância, como esta cópia já foi o propriedade de Cristóvão Colombo. Ravenstein tentou, e não sem sucesso, com a ajuda de cartas contemporâneas para reconstruir toda a viagem com os diferentes pontos de parada da rota.

Fontes

BARROS, Decadas da Ásia, Dec. I, bk. III, iv; RAVENSTEIN, As Viagens de Diogo Cao e Bartolomeu Dias no Jornal Geográfico (Londres, 1900), XVI, 625-55; BEHRENS, Die erste Umsegelung des Kaps der Guten Hoffnung, durch Bartholomeu Dias in Die Natur (Halle, 1901), L, 7-9, 15 19.

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