22/05/2024

avental, ritos maçónicos

Há pouco tempo, revimos o traçado de uma Prancha lida em Sess∴ da L∴ Professor Egas Moniz nº 18, nos idos de 2007 E∴ V∴ , revisão essa que se destinou a publicação no Boletim da nossa Academia Maçónica e que dizia respeito ao Rito Antigo e Primitivo de Mênfis, um dos chamados Ritos Egípcios.

Para além do interesse que o estudo deste Rito poderá despertar no intelecto de alguns dos nossos II∴ , certo é que o estudo de Ritos mais ou menos antigos, mais ou menos trabalhados pelo Mundo e nas várias PPot∴ MMaç∴ , sempre têm lugar no amplo plano do Conhecimento Maçónico e deve ser parte integrante da cultura de qualquer Iniciado nos nossos Mistérios. À semelhança de qualquer estrutura humana, o estado actual da Maçonaria decorre de tudo aquilo que, na antiguidade – mais ou menos próxima -, os nossos Antepassados criaram e desenvolveram.

Iremos, assim, dar início a uma introdução a cada um dos Ritos conhecidos em todo o Mundo e que ao nosso conhecimento chegaram – num total de 142 -, esperando despertar o interesse de todos no estudo e compreensão de cada um deles.

1 – ACADEMIA dos SÁBIOS: Formaram-se várias sociedades com o nome de Academias durante o séc. XVII e parece derivarem todas de uma Academia fundada em Londres por Elias Ashemol, influenciado que foi pelas doutrinas de Francis Bacon. As Instruções da Academia deviam dividir-se por Classes e/Grupos, mas não chegaram até aos dias de hoje, os número ou o nome dos Graus que a compunham. Sabe-se apenas que existiram Academias dos Sábios na Suécia, na Rússia, em Avignon e em outras cidades francesas.

2 – ACADEMIA dos VERDADEIROS MAÇONS: Constitui uma das principais fontes da Maçonaria Hermética e foi fundado em Montpellier no ano de 1778. Muitos seguidores dos principais sistemas que, à época, disputavam a supremacia maçónica como sendo os, de Zinnendorf, da Sociedade das Duas Águias, da Sociedade do Apocalipse, dos Iluminados do Zodíaco, dos Irmão Negros e dos Sacerdotes ou Eleitos Cohen. Propunha-se o ensino das Ciências Herméticas e compunha-se de seis Graus: Verdadeiros Maçon, Verdadeiro Maçon na Linha Recta, Cavaleiro da Chave de Ouro, Cavaleiro de Íris, Cavaleiro dos Argonautas e Cavaleiro do Tosão de Ouro.

3 – ADOPÇÃO: Teve origem em França no ano de 1714 e terá sido reconhecido pelo Grande Oriente de França num de dois anos, em 1730, ou em1814. É um Rito que aceita as Mulheres, se bem que cada Loja trabalhava um ritual muito próprio e encontrava-se dependente de uma Loja masculina. A chamada Maçonaria Andrógina, surge em varias épocas e em diversos lugares, como sendo o Rito de Adopção de Cagliostro e a do Rito Egipcio (v. Rito de Mênfis-Misraïn).

4 – ADONIRAMITA: O Rito Adoniramita ou Adonhiramita, foi criado em 1787 (há Autores que consideram a data de 1744 como a da criação do Rito pelo Barão de Tschoudy mas, consultada a documentação julgada crível, conclui-se que o Barão, em 1744, tinha apenas 14 anos de idade) e teorizado na obra de Guillëmain de Saint-Victor, “Recueil Précieux de la Maçonerie Adonhiramite”. Em 1740, existia uma corrente de Maçons que entendiam que a Maçonaria deveria basear a Lenda do último G∴ Simb∴ em Adoniram e não em Hiram. Inspira-se nos símbolos encontrados no Templo de Salomão. O seu nome deriva de “Adoniram “, que foi o Arquitecto de Hiram, construtor do Templo de Salomão. É composto por 13 Graus: Aprendiz, Companheiro, Mestre, Antigo Mestre, Eleito dos Nove, Eleito de Pérignan, Eleito dos Quinze, Pequeno Arquitecto, Grande Arquitecto, Mestre (ou Cavaleiro) Escocês, Cavaleiro do Oriente, Rosa-Cruz, Noaquita ou Cavaleiro Prussiano. O Rito teria, eventualmente, levado pela Côrte Portuguesa por alturas da sua transferência para o Rio de Janeiro, em consequência das Invasões Francesas, sendo, ainda hoje, um Rito muita trabalhado no Brasil. Em Portugal e desde 2010 E∴ V∴ , o Rito é regulado e administrado pelo Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita para Portugal e é composto por 33 Graus, estruturados em 7 Classes (a primeira que corresponde à Maçonaria Simbólica – administrados os três GG∴ SSimb∴ pela G∴ L∴ L∴ P∴ /G∴ L∴ R∴ P∴ – e a Maçonaria Filosófica, que compreende as Classes seguintes (do Grau 4º ao 33º).

rito adonhiramita

5 – ALEXANDRINO: É um Rito que reúne os antigos mistérios do Egipto, adaptando-os à Maçonaria e nasceu na cidade de Alexandria. Será oriundo dos Mistérios da Índia e teve a cidade de Mênfis, como o seu principal centro das Iniciações. Os ritos egípcios que resultaram das invasões Persas e Gregas do Antigo Egipto (os de Alexandria e de Mênfis), foram transportados para a Europa e foram trabalhados em algumas cidades europeias, mas os Iniciados de Corinto depuraram-nos de todas as suas características, julgadas obscenas e trasladaram-nos para Roma, já regenerados. Apesar de ter sido difundido por todo o Império Romano, o culto de Ísis (próprio do Rito Alexandrino), não tinha o mesmo significado simbólico dos Mistérios dos tempos primitivos do Rito, professados e ensinados pelos Sacerdotes aos Iniciados.

6 – ALTA OBSERVÂNCIA: Rito dos Clérigos da Alta Observância. Surgiu em Viena e no ano de 1776, de dentro da Ordem da Estrita Observância, quando um grupo de obreiros dela se separou. Dois dos seus principais orientadores foram o Barão de Reven e o Pregador protestante Stark. Diziam-se possuidores dos únicos segredos dos Templários. O Rito possuía dez Graus, sendo que o décimo Grau, por sua vez, se subdividia em cinco Pontos, constituindo uma nova série hierárquica. Após alguns anos de trabalho fecundo, subdividiu-se em dois Ramos: Alta Observância, que passara a dedicar os seus estudos com vistas à Alquimia, à Magia e à Cabala, e a Exacta Observância, com base no jesuitísmo católico.

7 – AMERICANO: Foi fundado no ano de 1797, tendo como organizador e fundador principal o Ir Thomas Smith Webb. É justamente este I∴ , que deu a estrutura e doutrina filosófica com os seus respectivos procedimentos gerais, ao sistema maçónico que pode ser identificado pelo nome de “Rito Americano” ou “Rito de York”. É o mesmo que o Rito Inglês ou de York e do Arco Real e o seu Ritual descende directamente do velho Ritual da Grande Loja dos Antigos (a de 1751), portanto, mais antigo do que os rituais ingleses actuais, todos posteriores à União de 1813 e, subdivide-se em classes por todo o território dos Estados Unidos por três Grandes Classes ou Agrupamentos: Maçonaria Manual ou Instrumental (The Craft ou, Provationary Degrees of Craft-Masonry), constituída pelos três GG∴ SSimb∴ , Maçonaria Científica, constituída pelo Graus do Arco-Real) e Filosófica ou Templária (Graus governados pelas Grandes Comendadorias de cada Estado) e que compreendem os Graus de, Cavaleiros de Malta, Cavaleiros do Templo, Cavaleiros da Cruz Vermelha, Cavaleiros do Santo Sepulcro, Cavaleiros da Divisa Cristã, Cavaleiros da Santa Três Vezes Ilustre Ordem da Cruz, Cavaleiros da Rosa Celeste e Cavaleiros Guardiães do Conclave. Actualmente, a estrutura do Rito nos Estados Unidos divide-se em: Mestre da Marca, Virtual Past-Master, Most Excellent Master e Arco Real, ao que se seguem os Graus Crípticos de, Mestre Real, Mestre Selecto e Mestre Super Excelente, terminando a hierarquia com os Graus de Cavalaria de, Cavaleiro da Cruz Vermelha, Cavaleiro de Malta e Cavaleiro Templário. É um Rito muito práctico (daí ser também chamado de Work de York ou, numa manifestação de maior carinho, o Yorkie) e talvez, juntamente com o York Inglês, seja o trabalhado pelo maior número de OObr∴ em todo o Mundo.

8 – AMIZADE DE BERLIM: Rito da Grande Loja Real York da Amizade de Berlim. Constituía um aperfeiçoamento da versão simplificada do antigo Rito adoptado pela Grande Loja Real e era composto por dez Graus. Foi criado por Johann Gottlieb Fiochte e por Ignaz Aurelius Fessler.

9 – ANDRÓGINO: não é o mesmo que a Maçonaria de Adopção, em que as Lojas dependiam de uma Loja-Mãe masculina mas sim um Rito misto de Homens e Mulheres, mas trabalhado em Lojas próprias e independentes e que adopta os Principios Universais da Maçonaria e não aqueles que presidiam aos ttrab∴ do Rito de Adopção.

10 – ANEL LUMINOSO: Rito da Academia dos Sublimes Mestres do Anel Luminoso ou dos Negociantes. Fundado em França no ano de 1780 pelo I∴ Grant, Barão de Baerflindy, membro da Loja do Contrato Social e Grande Oficial, Mestre de Campo do Exército Escocês, tem por objectivo, o renascimento da Escola Pitagórica e dividia-se em três classes, subdividindo-se cada uma delas em vários graus, com uma só palavra sagrada e vários Toques e Sinais. Este nome é ainda um título de um Grau da Maçonaria Pitagórica e era adicionado aos Sublimes Mestres do Grau 12º do Rito Escocês Filosófico.

11 – ANÓNIMOS ou dos LXXII: O Rito dos Anónimos ou dos Setenta e Dois, foi formado por setenta e dois obreiros, saídos de uma Loja Maçónica Cabalística (24 Aprendizes, 24 Companheiros e 24 Mestres); dedicavam-se ao estudo das ciências ocultas e à prática da beneficência. A sua sede era na Alemanha, mas o Grão-Mestre denominado Tajo, residia em Espanha.

12 – ANTIGOS MAÇONS LIVRES E ACEITES da INGLATERRA: Este Rito, surgido em Inglaterra no dia 24 de Junho de 1717, durante uma Festa de São João Baptista, disseminou-se por toda a Grã-Bretanha, América, Alemanha e Suíça. Marcou a época moderna da Maçonaria. É composto por sete Graus, divididos em duas classes: Maçonaria de São João – Aprendiz, Companheiro e Mestre – e Maçonaria do Arco Real: Mestre de Marca, Mestre Antigo e muito Excelente Maçon do Arco Real.

13 – ANTIGO REFORMADO: Constitui uma variação do Rito Moderno ou Francês, adaptado à índole e personalidade dos povos da Bélgica e da Holanda.

14 – ANTIGO REFORMADO (2): Rito da Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz, fundada no Rio de Janeiro, no dia 2 de julho de 1822, com características Maçónicas, mas com um objectivo político, dirigido à independência do Reino do Reino de Portugal. Possuía vários graus, sendo os mais elevados os de, Archote-Rei, ocupado pelo Príncipe D. Pedro de Portugal, e o de Lugar-tenente, ocupado pelo seu criador, José Bonifácio de Andrade e Silva. A Ordem reuniu-se numa sala do Quartel General do Comando das Armas, na rua da Guarda-Velha (hoje sede do Liceu de Artes e Ofícios). Ao Apostolado, pertenciam as principais figuras políticas da Independência, muitas já pertencentes à Maçonaria e em especial à Loja Comércio e Artes do Rio de Janeiro.

15 – ASTROLÓGICO: ou do Zodíaco Maçónico. Este Rito apresenta-se com três nomes, a saber: Astrológico, Zoroástrico e dos Eones. Trata-se de algo científico e inspirado na figura de Zoroastro e na sua doutrina. É reconhecido como o Rito das Emanacões ou Inteligências Eternas. Compunha-se de 12 Graus, correspondentes aos 12 Signos do Zodíaco. Raramente foi trabalhado.

16 – AZUL: O Rito Azul ou Simbólico, é composto, exclusivamente, pelos três primeiros Graus universais e fundamentais da Ordem: Aprendiz, Companheiro e Mestre. Em todos os Ritos em que existirem estes três graus fundamentais, os mesmos são chamados de Rito Azul ou Simbólico.

17 – BENEDITO CHASTANIER: Também conhecido pelo nome de Rito dos Iluminados Teósofos, fundado em Londres no ano de 1767. A preocupacão de Chastanier era a propagação sigilosa da Teosofia Cristã. Inspirado no sistema de Swedenborg e Pernety, criou o Rito composto por seis graus: Aprendiz, Companheiro, Mestre-teósofo, Escocês sublime da Jerusalém Celeste, Irmão Azul e Irmão Vermelho.

18 – BERNA (Rituais de): Estes Rituais foram publicados em 1918 por Karl. J. Lüthi-Tschanz num artigo intitulado, “Die Freimaurerei im Freistaat Bern», onde transcrevia um Manuscrito dos anos 1740/1744 o qual e apesar de não ter sido muito estudado ou mesmo, notado pelos principais Autores maçónicos, constitui, talvez, o Ritual manuscrito mais antigo em língua francesa. O Manuscrito chegou até nós apenas com os rituais de Aprendiz e de Companheiro, parecendo faltar o de Mestre (pois a menção do Mestre, aparece na redacção do Manuscrito, como Grau e não apenas como Função). “Todo o homem que se propõe a entrar na Real Ordem da Maçonaria deve lembrar-se de que a paz, a união e a caridade são os principais deveres para com seus irmãos, que o firme apego à lei do Evangelho e a observância escrupulosa dos preceitos do cristianismo são suas obrigações essenciais para com Deus. e, finalmente, que a Justiça, a Probidade e a Verdade devem ser as Suas Regras como um homem honesto”(Regra 6 do Princípios Gerais). No que diz respeito aos escrúpulos que muitos conceberam sobre as censuras eclesiásticas, que se alega serem dirigidas contra nós, este objeto não deve ser perturbado quando se deseja refletir sobre ele, sem querer fugir à obediência da Santa Sé, é permitido saber até onde vai o seu poder sobre tudo, quando se extrai a regra do seu juízo dos Santos Cânones. que são toda a autoridade do Sumo Pontífice; Agora aprendemos com esses Cânones que uma Excomunhão só pode ser válida na medida em que tenha sido levada ao Reconhecimento da Causa, desde que o Mal não se suponha a si mesmo, tendo certeza como Nós Somos que o Papa não acreditou que foi informado do que está acontecendo entre Nós, Já estamos de acordo que A excomunhão é nula por força de lei, uma vez que lhe faltaram os meios necessários para fundá-la, mas supondo que sob o título de censura condicional possa ter alguma força, nossa consciência, neste caso, é nosso verdadeiro refúgio, e como ela não nos censura com nada, devemos estar perfeitamente à vontade com ela.” (Regra 3, a ser lida única e exclusivamente aos II∴ que professam a religião Católica). “É espantoso que na Sociedade dos Maçons pessoas de diferentes religiões sejam admitidas sem distinção, deve-se observar 1. que só poderiam ser recebidos ali aqueles que levam o nome de cristãos, e que se há infiéis, como judeus, turcos ou outros, eles entraram por abuso, por falta de serem bem conhecidos. 2. No que diz respeito a esta mistura de cristãos que têm uma diferença de crença, há uma razão política, que será desenvolvida a seguir, pois no presente basta dizer, que àqueles que reconhecem o mesmo Criador, e que estão em controvérsia apenas sobre alguns pontos da doutrina, mais ou menos bem compreendidos, podem além disso, pensar corretamente, e concordar com os pontos essenciais que nos unem, é outro enigma, que só pode ser explicado com os Tems; De resto, o Orgulho e a Honra encontram-se em todas as Seitas e, da mesma forma, deveríamos perdoar os hebreus e os maometanos, se não tivéssemos Motivos independentes deste Objeto que nos obrigassem a excluí-los.” (idem Regra 4).

O Rito/Ritual é, assim, exclusivamente cristão e tinha por objectivo o aperfeiçoamento individual dos OObr∴ , no estrito cumprimento da Lei Prof∴ e obediência ao Príncipe e no escrupuloso cumprimento dos ensinamentos e regras mmaç∴

19 – BOUILLON: Rito do Grande Oriente de Bouillon. Foi fundado pelo Duque de Bouillon, na cidade do mesmo nome, na Holanda. O Rito irradiou pelo território francês e nele trabalharam as mais altas personalidades, ainda que tenha tido uma duração algo curta e tendo desaparecido em 1774. Os trabalhos tinham uma inspiração “escocesa”.

20 – BRASILEIRO : O Rito Brasileiro foi criado por Lauro Sodré em parceria com Eugénio Pinto e Ticiano Corregio Daemon; o projecto foi apresentado no Conselho Geral da Ordem do Grande Oriente do Brasil, reunido a 21 de dezembro de 1914, tendo sido aprovado, mas posto em prática através do Decreto número 536, de 17 de Outubro de 1916. Divide-se en três partes: Simbólica, Grandes Capítulos e Supremo Conclave. Os Altos Graus dividem-se em cinco ordens: Cavaleiro do Rito, Paladino do Dever, Apóstolo do Templo, Defensor do Bem Público e Servidor da Ordem da Pátria. A sua inspiração provém do Rito York Americano. Posteriormente, foi alterado para trinta e três graus, para aproximá-lo do escocismo. Foi adoptado por algumas Lojas, mas ainda se encontra em fase de estudo/aperfeiçoamento, pois não agradou à totalidade dos Maçons Brasileiros.

21 – CABALÍSTICO: Abrange uma série de outros Ritos cujos fundamentos, residem na Alquimia, hoje podendo ser chamada de “Transpsicologia”, na magia, na Cabala, enfim, nas ciências do Mistério… como existem nos Ritos de Schroeder, Schrepfer, Martinez Pascually, Irmãos Negros, Iluminados do Zodíaco e outros. Era composto por 9 Graus: Aprendiz, Companheiro, Mestre, O Espelho de Zoroastro, Teósofo ou Mestre Cabalístico, Sacerdore Teósofo, Cavaleiro das Pirâmides, Gimnosofista e Bardo.

22 – CAGLIOSTRO: O Rito Egípcio de Adopção de Cagliostro, criado por José Balsamo, o Conde de Gagliostro, Iniciado Maçon em Londres e tendo uma forte inclinação para a mística e a magia, criou o Rito Egípcio e levantou CColl∴ da sua primeira L∴ de Adopção, em 1779 na Curlândia. Dado o seu êxito inicial, ilustres Damas bateram à Porta da sua Loja, a fim de serem iniciadas. Mas, repentinamente, Cagliostro tem de se mudar para Estrasburgo e dali para Varsóvia, onde, em 1780, reabriu a sua Loja e entregando-se a aventuras. Fugindo novamente, instalou em 1782, em Lyon, a sua terceira tentativa, dando a esta sua Loja o nome distintivo de “Sabedoria Triunfante”. Durante quatro anos saboreia o êxito estrondoso desta sua iniciativa, chegando mesmo a fundar uma Grande Loja (de notar que, seguindo a mais ancestral Tradição Maç∴ , uma Grande Loja é uma federação de LL∴ que trabalham o mesmo Rito, ao passo que um Grande Oriente, é uma federação de LL∴ que trabalham vários Rituais). Não obstante a sensação e o êxito que as suas iniciativas místicas experimentaram, Cagliostro tem, novamente, de fugir, mas vem a cair nas mãos da Inquisição e, após o julgamento e condenação pelo Tribunal da Santa Inquisição, é encarcerado e morre na prisão de Sant’Ângelo, em Roma, no ano de 1795.

23 – ANTIGO CAPÍTULO DOS CAVALEIROS do TOSÃO DE OURO: Possivelmente formado pelos antigos membros da Academia dos Verdadeiros Maçons e compreendia 5 Graus a saber, Verdadeiro Maçon, Verdadeiro Maçon na Via Recta, Cavaleiro da Chave de Ouro, Cavaleiros de Íris e Cavaleiro dos Argonautas.

24 – CAPÍTULO METROPOLITANO de FRANÇA. Em 24 de Maio de 1785, em Paris, foi assinada uma Concordata em consequência da qual, o Grande Capítulo Geral de França e o Grande Capítulo Rosa-Cruz de França, uniram-se como um só corpo, sob a denominação, Capítulo Metropolitano. Reclassificaram-se os Altos Graus, ordenando-os e distribuindo-os em 9 séries de nove Graus cada uma, num total de 81.

25 – CAPÍTULO METROPOLITANO dos CAVALEIROS e DAMAS ESCOCESAS de FRANÇA HOSPÍCIO de PARIS, COLINA DO MONTE TABOR: Maç∴ Andrógina ou de Adopção, criado em 1810 no seio da Loja Monte Tabor de Paris. Era composto por 7 Graus, divididos em dois grupos de Pequenos e Grandes Mistérios.. O primeiro grupo compreendia os três GG∴ SSimb∴ e os do Rito Escocês Filosófico (Noviça Escocesa do Monte Tabor, Noviça Mitológica , Noviça Maçona, Companheira Bíblica e Companheira Discreta), trabalhados naquela Loja. O segundo grupo abrangia os Graus sublimes (Mestra Histórica, Mestra Moralista e Grande Mestra Filósofa), que formavam o Capítulo da Perfeição.

26 – CAPÍTULO PRIMORDIAL de ROSA-CRUZ JACOBITA DE ARRAS: Fundado em 1747 na cidade francesa de Arras, pelo pretendente ao Trono de Inglaterra, Carlos Stuart, como agradecimento aos Maçons daquela localidade pela ajuda prestada, este Rito constitui o primeiro centro de administração de altos graus criados pelos partidários da causa de Carlos Stuart. Tinha um total de 12 Graus, constantes de dois grupos fundamentais: Aprendiz, Companheiro Mestre (Graus Fundamentais ou Simbólicos), Templário, Mestre Irlandês, Perfeito Mestre Irlandês, Muito Alto Mestre Irlandês, Mestre Escocês, Mestre Secreto e Mestre Perfeito (Graus Primitivos ou Políticos), Escocês Noviço, Cavaleiro da Águia e do Pelicano (Rosa Cruz Jacobita) e o Banquete (representativo do cordeiro pascal), que constituíam o último grupo denominado Reformistas de Ramsay).

27 – CAPÍTULOS IRLANDESES: O Rito dos Capítulos Irlandeses foi instalado em Paris no ano de 1730, pelo Grande Capítulo de Dublin e dividia-se em Colégios. Desapareceram com o aparecimento dos Capítulos Escoceses.

28 – CAVALEIRESCO: Tem origem nos feitos medievais das cavalarias, inglesa e alemã e, posteriormente, da norte-americana. Não se trata de um Rito “oficial” mas admitido e praticado pelas Grandes Lojas e no seio do Rito Americano. Compreende várias instituicões, como Cavaleiro, de Alcântara, Calatrava, Cristo, Malta, Santo Estêvão, São Lázaro, São Miguel, Espírito Santo, Santo Sepulcro, do Templo, do Zodíaco, da Cruz Vermelha, da Estrela, da Mão de Cristo, da Ordem Teutónica, da Redenção, da Virgem, da Águia Negra, Noaquita, etc.

29 – CAVALEIROS DA ORDEM: Este Rito surgiu na última década do século XVIII, desconhecendo-se o nome do seu fundador e maiores informações, sabendo-se, todavia, que se compunha dos seguintes Graus e Cargos: Príncipe da Ordem, Ilustre Grão-Mestre da Ordem e Sublime Grão-Mestre da Ordem Geral dos Templários. O seu fundamento era a mística dos Templários.

30 – CAVALEIROS DO ORIENTE: Rito do Soberano Conselho dos Cavaleiros do Oriente. foi um ramo dissidente do Soberano Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, presidido pelo Alfaiate Pirlet e foi fundado em Paris, no ano de 1762. A sua doutrina remontava às origens maçónicas e egípcias primitivas e ao regresso do povo israelita do cativeiro, juntamente com alguns preceitos do Cristianismo. Opunha-se ao sistema templário do Soberano Conselho dos Imperadores e elegeu como seu rival, o Rito de Héredom, tendo mesmo siso emitida uma Circular em 1766, exortando todos os Maçons franceses a negarem o reconhecimento da filiação que pretendia estabelecer entre eles e os Cavaleiros Templários, proscrevendo da sua própria autoridade, “todos o graus que tivesse a menor relação, directa ou indirecta, com esse sistema”. Deve-se ao Barão de Tschoudy a redacção dos seus quinze Graus: Aprendiz, Companheiro, Mestre, Mestre Secreto, Mestre Perfeito, Secretário Íntimo, Intendente dos Edifícios, Preboste e Juiz, Mestre Eleito dos Nove, Mestre Eleito dos Quinze, Eleito Ilustre, Chefe das Doze Tribos, Grande Mestre Arquitecto, Cavaleiro do Arco Real, Grande Eleito Antigo Mestre Perfeito e Cavaleiro da Espada ou do Oriente.

31 – CAVALEIROS E DAMAS ESCOCESAS: Rito do Capítulo Metropolitano dos Cavaleiros e Damas Escocesas de Franca, do Hospício de Paris e Colina do Monte Tabor. Com este nome pomposo, constituiu-se em 1810, um Rito Andrógino ou de Adopção. O criador e Venerável-Mestre da Loja Monte Tabor de Paris, foi o I∴ Mangourit, que criou uma estrutura de sete Graus, divididos em dois grupos de pequenos e grandes mistérios.

32 – CELESTE IMPÉRIO: Rito Otomano, pratica-se na Turquia e compõe-se apenas de três Graus (com SSin∴ , TToq∴ e PPal∴ iguais aos constantes dos Rituais SSimb∴ actual e internacionalmente trabalhados), mas presta homenagem ao Mártir Ali, morto sob a acusação de ter introduzido a Maç∴ no Império Otomano.

33 – CLERICAL ou CABALÍSTICO: É um Rito filosófico-clerical e ultra jesuítico, baseado na Cabala Judaica e na Alquimia, abrangendo ainda a Teosofia Bíblica. O seu fundador foi o judeu Martinez Pascually, português de nascimento, chefe da seita dos Martinistas, fundada em 1754, e criador da escola dos cabalistas denominados de Cohens (sacerdotes). É também denominado Rito dos Eleitos Cohens ou Sacerdotes. O Rito estendia-se por 9 Graus, divididos em duas classes: Primeira (A∴ C∴ , M∴ , Grande Eleito e A∴ Cohen), Segunda (C∴ Cohen, M∴ Cohen, Grande Arquitecto e Cav∴ Comendador ). O seu objectivo era reformar o Indivíduo através da sua regeneração mística ou espiritual.

34 – CLÉRIGOS da ALTA OBSERVÂNCIA: No ano de 1767, em Viena, observou-se uma cisão entre alguns dos principais membros da Estrita Observância e foi constituída uma nova sociedade sob a denominação, Lata Observância. O Rito te origem nas doutrinas de Zinnendorf e compunha-se dos seguintes Graus: Aprendiz, Companheiro, Mestre, Irmão Africano, Cavaleiro de Santo André, Cavaleiro da Águia ou Mestre Eleito, Mestre Escocês, Soberano Mago, Mestre Provincial da Cruz Vermelha e Mago Cavaleiro da Claridade e da Luz.

35 – CLERMONT: Rito do Capítulo de Clermont. O Rito foi formado na cidade de Paris pelo Cavaleiro de Bonneville no ano de 1754, baseado na Ordem do Templo de Ramsay – de que era, aliás, uma continuação – e surgiu como um movimento de reacção contra a distribuição indiscriminada de altos graus maçónicos em França, que desprestigiava a Maçonaria e dava margem a negociatas escandalosas da venda de graus maçónicos a Profanos. O Capítulo de Clermont compunha-se dos três Graus Simbólicos, acrescidos de três Graus superiores a saber, Cavaleiro da Águia ou Mestre Eleito, Cavaleiro Ilustre ou Templário e Sublime e Ilustre Cavaleiro. Mas foi-se ampliando de tal forma que, eliminando-se as ligações jacobinas e jesuíticas num Capítulo e no Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, tiveram de ser agrupados sob o título de graus escoceses e vieram a ser hoje, o REAA.

36 – CRATA REPOA: ou Iniciação dos Sacerdotes, ou ainda, Rito Egípcio, foi um Rito criado na Alemanha em 1767, por vários II∴ de Berlim e da Silésia, que se tinha separado da Estrita Observância e baseava-se na história dos antigos Mistérios da Maçonaria. Compunha-se de sete Grupos, Pastóphuros, Neocoris, Melanophoris, Christophoris, Balahata, Astrónomo da Porta de Deus, Profeta ou Sephenath Pancah.

37 – CRISTÃO: Diz respeito à Maçonaria denominada de Cristã e denomina-se ainda como o Rito da Ordem de São Joaquim. Foi criado em Leutmeris (Boémia) em 1756, admitindo-se apenas no seu quadro, os nobres de pura estirpe e cristãos, sendo a Cerimónia de Iniciação realizada dentro de um Templo Católico e com grande aparato.

38 – DINAMARQUÊS: O Rito da Estrita Observância sob a influencia dos Jesuítas, penetrou em quase todas las Lojas Maçónicas, incluindo na Grande Loja da Dinamarca, instalada em 1708. Em reacção e pouco tempo depois, é instituído o Rito Dinamarquês que tinha cinco Graus. Em 1855, a Grande Loja da Dinamarca, passou a adoptar o Rito Sueco.

39 – ECLÉTICO: Criado em 1783 por um grupo de maçons alemães que decidiu acabar com a confusão nas Lojas, criada com o sistema jesuítico do Rito da Estrita Observância, dando plena liberdade a todas as Lojas de escolherem o que melhor lhes aprouvesse. Surge, assim, o Rito Eclético, que conservava apenas os três primeiros Graus Simbólicos, dava liberdade a todas as Lojas para estudarem todos os Ritos MMaç∴ e escolherem aquele que mais se identificava com as aspirações dos seus OObr∴

40 – ECLÉTICO LUSITANO: ou Maçonaria Eclectico-Lusitana. Criado pelo Dr. Miguel António Dias em 1853 (com a publicação da Constituição Novíssima do Rito Lusitano ou da Maçonaria Eclectica, tendo os seus rituais sido publicados em 1857). Baseava-se no Rito Francês e Escocês Antigo e Aceite, acrescentando-lhe aos GG∴ SSimb∴ – aceites por todos e aos quais correspondia, a Beneficência, o Trabalho e o Génio, respectivamente -, mais 4 Graus Filosóficos: o de Rosa-Cruz, o de Cavaleiro Kadosh (Maçonaria Mística e Templária e aos que correspondia, a Fraternidade e a Igualdade) e mais dois superiores de cariz especificamente português, Pequeno Eleito e Grande Eleito (aos quais correspondiam a Liberdade e a Unidade). O Rito é, ainda hoje, trabalhado no Brasil nomeadamente, no Sul.

41 – ELEITOS DA VERDADE: Surge do seio da Loja da Perfeita União de Rennes em 1778, espahandose por todo o território de França. Composto por 14 Graus, pretendia depurar do Rito da Estrita Observância, a influencia dos Jesuítas. O seu criador foi o I∴ Mangourt. Um capítulo Superior jurisdicionava as inúmeras Lojas dispersas por França.

42 – EMULAÇÃO: O Rito de Emulação é o resultado da experiência ritual de múltiplas fontes. Representa a “pacificação” entre a antiga e a nova Maçonaria, e pertence a todos os Irmãos que o adotaram como instrumento de regularidade iniciática e espiritual. Joseph De Maistre, um dos Maçons mais notáveis, que viveu entre o final do séc. XVIII e o início do séc. XIX, afirmava: “Tudo revela que a Maçonaria vulgar seja um desvio, talvez corrompido, de um antigo e respeitável tronco”. No final do séc. XVII, existiam em Londres muitas Lojas nas quais predominava o elemento operativo, e outras nas quais predominava o elemento especulativo. Apesar disso, todas elas eram consideradas no mesmo plano de igualdade, como o prova a expressão “Free and Accepted Mason”. Em 1717 quatro destas Lojas decidiram eleger um Grão-Mestre, Antony Sayer, criando assim uma Grande Loja de caráter permanente, inovação que, na época, pareceu ilícita a muitos Irmãos, pois tal prática não era da tradição maçónica. Três destas quatro Lojas eram formadas, na sua maioria, por membros operativos. Só uma destas Lojas, à qual pertenciam Desaguliers, Payne e Anderson, tinha uma maioria especulativa e rapidamente assumiu a liderança e a direção da nova Grande Loja. Deve ser lembrada também a existência, na Escócia e na Irlanda, de antigas Lojas maçónicas cuja transformação – de Operativas para Especulativas –, ocorreu em paralelo com a da Loja de Anderson em Londres, O Ganso e a Grelha, e das quais derivam, directa ou indirectamente, todas as Lojas do Mundo. O desvio de que falava De Maistre, foi retomado por René Guénon, que afirmou o seguinte: “Discute-se, com frequência, sobre a Maçonaria Moderna, sem levar em consideração que ela é, simplesmente, o resultado de um desvio da Maçonaria Tradicional”. E que desvio é este, seja ele real ou presumido? Segundo De Maistre este desvio reside no abandono da matriz cristã-católica da antiga Maçonaria operativa. Chamar o Ritual de Emulação de Rito é um erro, pois o Rito a que os praticantes do Ritual de Emulação pertencem é o Rito Inglês Moderno (também chamado de Craft). Da mesma forma que o Ritual de Emulação, pertencem a esse mesmo Rito outros rituais “irmãos” tais como o Stanford, Bristol, Stability, Taylor’s. Em relação a outros rituais, em especial ao praticado no Rito Escocês Antigo e Aceite, o Ritual de Emulação pode ser resumido como espartano ou seja, as Lojas têm menos adereços especiais, os procedimentos são mais objectivos, as cerimónias são mais simples. A Loja está situada num plano só. Não existe balaustrada. As colunas “J” e “B” estão situadas fora do Templo. O nome da mesa do Venerável Mestre (Mestre da Loja) e dos Vigilantes é Pedestal e é de forma quadrangular, muito simples e pequena (Publicado em freemason.pt) sem aquela série de símbolos e papeis que existem em outros Ritos. Existe três castiçais, também chamados também de tocheiros de mais ou menos 1,20 m de altura, colocados á direita do pedestal do Venerável e dos Vigilantes onde no seu topo é acesa uma vela própria. A porta do templo é lateral localizada no canto noroeste da Loja. Mas, por outro lado, dá-se muita importância para a exatidão das posturas, das falas e dos Sinais. Exige-se que todas as falas sejam feitas de cor e bem encenadas, o que confere um ar de elegância e dignidade especial às cerimónias. Em relação ao Rito de York (o americano), ressaltam grandes diferenças na indumentária e na disposição do mobiliário da Loja: no York, o Mestre sempre usa chapéu (tipo Bonaparte), o avental não tem os círculos ou taus de distinção de grau. O cargo de Mestre de Cerimónias, chama-se Marechal, e não existe a figura do Guarda Interno. O Livro da Lei Sagrada fica aberto numa mesa triangular, localizada no centro da sala, rodeada por 3 candelabros, no lugar onde o Ritual de Emulação recomenda a colocação da Tábua de Delinear (Painel ou Quadro de Loja). O ritual deverá ser decorado ou memorizado. Não poderá ser lido em Loja. O Paster Master Imediato poderá permanecer com o Ritual aberto para “dar o ponto” e dar uma ajuda para algum esquecimento. O Ritual do Rito de York, nos graus simbólicos (os três primeiros), é muito diferente dos rituais ingleses actuais (em especial do Ritual de Emulação), pois foi criado a partir do Ritual praticado pela extinta Grande Loja dos “Antigos”, e sofreu muitas alterações desde então. E enquanto o Rito Inglês é eclético, o Rito de York exige que o candidato seja cristão, para que possa atingir os mais altos graus. Quando falamos de Ritual de Emulação, estamos falando na verdade de três rituais: o Ritual para o grau de Aprendiz, o Ritual para o grau de Companheiro e o Ritual para grau de Mestre. Depois de atingir o grau de Mestre numa loja do Ritual de Emulação, o Mestre Maçom pode escolher qualquer Rito para seguir.

Rito de Emulação

43 – ENOCH: Rito do Irmão Enoch. Tratava-se de uma mistura de ideologias místicas, doutrinas filosóficas e política monárquica. Era composto por quatro Graus a saber, Peão ou Aprendiz (Amizade e Beneficência), Obreiro (Fidelidade ao Soberano), Mestre (Submissão ao Ser Supremo) e Arquitecto (Perfeição nas Virtudes).

44 – ESCOCÊS: A Grande Loja da Escócia sempre propalara que nenhum Rito que tinha o nome de Escocês tivera origem naquele país. Em 1836, para dirimir qualquer dúvida, a Grande Loja da Escócia proclamou que trabalhava apenas os três Graus SSimb∴ : Aprendiz, Companheiro e Mestre, denominados Maçonaria de São João.

45 – ESCOCÊS ANTIGO E ACEITE: Este Rito encontra a sua origem no Rito da Perfeição ou de Héredom, que abrange vinte e cinco Graus. Foi criado em Paris no ano de 1758 no Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente. Em 1761, o mesmo Conselho outorgou uma Patente a Estevão Morin, para que este estabelecer a perfeita e sublime Maçonaria em todas as partes do Mundo, constituindo-o Grande Inspector do Rito de Perfeição; esta Patente está assinada por Chaillon de Joinville, Príncipe de Rohan, Brest-de-la Chaussée, Conde de Choiseul e por outros membros do Conselho dos Imperadores. Em 31 de Maio de 1801, foi fundado o primeiro Conselho da Nova Maçonaria, na cidade americana de Charleston (Carolina do Norte), tendo aí sido plenamente adoptadas as Grandes Constituições de 1786 e os 33 Graus por elas estabelecidos; é, então, criado o primeiro Supremo Conselho dos Grandes Inspectores Gerais. No ano seguinte – 1802 -, surge como correspondente na Ilha de São Domingos, o Supremo Conselho de São Domingos, criado pelo Conde Grasse-Tilly, o qual recebera autorização de Charleston. Regressando o Conde Grasse-Tilly a Franca, propagou o novo Rito introduzindo-o em Paris na Loja Escocesa de Santo Alexandre, quartel-general das suas operações Maçónicas. Foram, então, elevados ao Grau 33 inúmeros Irmãos, formando-se, assim, o Supremo Conselho Provincial, e em 12 de Outubro de 1804, organizou-se o Grande Consistório, formando uma Grande Loja em Paris, que recebeu o nombre de Grande Loja Escocesa de França do Rito Antigo y Aceite . Foi aclamado Grão-Mestre o Príncipe Luiz Napoleão. Desse trabalho começaram a surgir los demais Supremos Conselhos em cada país que os quisesse aceitar. Hoje, el Rito encontra-se universalmente consagrado e será o segundo que conta mais membros em todo o Mundo.

Rito Escocês Antigo e Aceite REAA

46 – ESCOCÊS FILOSÓFICO: Trata-se de uma imitação do Rito Hermético de Montpellier e surge em 1776 pelas mãos de Boileau, médico em Paris e partidário de Pernety. Inspirou-se no Rito Rosa Cruz de Ouro Alemão. Compunha-se de 16 Graus, incluindo os três primeiros GG∴ SSimb∴

47 – ESCOCÊS FILOSÓFICO da LOJA-MATER ESCOCESA de FRANCA: Rito cujo longo título foi resumido para Rito Nacional, surgiu dentro da Loja São Lázaro, como reacção às imposicões do Rito da Estrita Observância. A sua tendência era a da Rosa Cruz de Ouro Alemão.

48 – ESCOCÊS FILOSÓFICO da LOJA-MATER ESCOCESA de MARSELHA: A Loja Mater-Escocesa de Marselha foi criada em 1751 pelos Mestres Escoceses, entretanto reconhecidos (1755) pela Grande Loja de França, e trabalhava o seu próprio Ritual, composto por 18 Graus herméticos, que não pertenciam ao que veio a ser o Rito Escocês, mas cuja nomenclatura veio, mais tarde, a ser incorporada no Rito de Mênfis de 96 GG∴ . Esta verdadeira G∴ L∴ , consagrou várias LL∴ que trabalhavam este Rito.

49 – ESCOCÊS PRIMITIVO: Abrange três Ritos: o Rito Escocês Primitivo de vinte e cinco Graus criado em Paris, en 1758, no seio do Soberano Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente; o Rito Escocês Primitivo de dez Graus, fundado em Narbonne em 1769 e o Rito Escocês Primitivo de Namur de trinta e três Graus. Teve breve duração, tendo desaparecido sem deixar rasto.

50 – ESCOCÊS RECTIFICADO: Em 1782, e após o resultado infrutífero que resultara dos Congressos Brunswich (1775) e de Wolfenbuttel (1778), o Duque Ferdinand Von Brunwich reúne em Wilhemsbad, na Alemanha, um outro Congresso (Convento) dos Maçons europeus, com a finalidade de as Lojas abandonarem os múltiplos e confusos Ritos e retornarem à pureza e simplicidade da verdadeira Maçonaria. Conseguiu presidir a trinta e oito sessões sem lograr obter um resultado positivo e final. Porém conseguiu a aprovação de todos em como se deveria abandonar o sistema Templário. Assistiu-se a uma reforma geral dos sistemas dos Altos Graus, repelindo definitivamente o Rito da Estrita Observância e a respectiva direcção pelos seus Superiores Desconhecidos. O novo Rito tomou o nome de Rito Escocês Rectificado, reduzindo-se inicialmente os Graus a nove: Aprendiz, Companheiro, Mestre, Mestre Escocês e Mestre de Santo André, Escudeiro-Noviço e Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa, Cavaleiro Professo e Cavaleiro Grande-Professo. Posteriormente e pela mão de Jean-Baptiste Willermoz, foram eliminados os Graus/Títulos de Cavaleiro Professo e Grande-Professo (de vocação estritamente sacerdotal) acabando e já na época do Grande Priorado das Gálias, por reunir num só Grau, os de Mestre escocês e de Mestre de Santo André, o Grau de Mestre Escocês de Santo André estruturando-se assim o Rito/Regime em seis Graus. O objectivo principal deste Rito é o retorno às origens templárias do Escocismo e o ensinamento iniciático teórico pedagógico, fundamentado na doutrina cristã tradicional (Yeshua), conforme a Cabala Cristã da Idade Média, e o Rito de Perfeição de Herédom, o qual incentiva a reintegração da Alma humana – imagem de Deus -, ao sentido original, a reencontrar essa semelhança original com o Criador. É considerado um Rito de conteúdo esotérico e filosófico, ligado à “tradição templária” em termos de Herança Espiritual e semelhante ao gnosticismo judaico, cristão e helenístico, ou seja, uma classe mais operativa da Maçonaria, divergindo em termos do atualmente praticado nas Lojas, que apenas se fixa no Simbolismo. Está ligado ao Amor e Tolerância dos escritos do Novo Testamento, sem detrimento da Justiça dos escritos do Antigo Testamento e a herança espiritual da “Ordem do Templo”, próximo da Gnose Cristã. Semelhante a outros ramos maçónicos Especulativos, mantém uma grande parte do tronco inicial, essencialmente dentro das Lojas Azuis ou dos três primeiros graus. É um rito literalmente cristão, provavelmente o rito mais próximo da Maçonaria Operativa Medieval, ou seja, da Maçonaria anterior a junho de 1717. É um Rito ecuménico, embora ainda considerado restritivo em relação a outras religiões. Admite como visitantes nas suas Oficinas, praticantes de outros ritos (Cristãos, Judeus, Muçulmanos), embora somente os cristãos possam fazer parte, como Obreiros, pois todos os trabalhos e juramentos estão presentes no Evangelho segundo São João (incluindo nas Lojas de Santo André) pregando o amor e a tolerância do Novo Testamento sem perder a Justiça do Antigo Testamento.

51 – ESCOCISMO REFORMADO: O Rito do Escocismo Reformado de São Martin. Disseminou-se pela Alemanha e pela Prússia, e era uma variante simplificada do Rito Martinismo e era composto por sete Graus: Aprendiz, Companheiro, Mestre, Mestre Perfeito, Mestre Perfeito Eleito, Escocês e Sábio.

52 – ESCOCISMO REFORMADO de TSCHOUDY: Reforma introduzida em França no ano de 1776, atribuída ao Barão de Tschoudy. Compõe-se de 10 GG∴ , distribuídos por dois Templos: o de Salomão, com os GG∴ de A∴ , C∴ , M∴ , Mestre Antigo, Eleito Simbólico, Grande Arquitecto de Héredom, (O∴ de Edimburgo) e Maçon do Segredo (O∴ de Upsal), e o de Zerubabel com os GGde, Príncipe de Jerusalém (O∴ da Babilónia), Cavaleiro da Palestina (O∴ de Upsal) e Cavaleiro Kadosh ou Homem Santo.

53 – ESLAVO: Também conhecido por Rito de Melesino. Na Rússia de 1765, o General Melesino cria um Rito Maçónico em reacção aos Graus da Estrita Observância. Era composto por três GG∴ SSimb∴ , a que acresciam mais 4 GG∴ superiores que se denominavam, A Abóbada Sombria, O Cavaleiro e Mestre Escocês, O Filósofo e o Grande Sacerdote do Templo.

54 – ESTRELA DO ORIENTE: O Rito é Andrógeno e surgiu em 1778 em Nova York. É composto por cinco pontos inspirados nas Sagradas Escrituras. É um Rito curioso e muito trabalhado, sendo os nomes dos Graus os seguintes: Filhas de Jefé, Rute, Ester, Marta e Eleita. Os Graus eram conferidos exclusivamente às esposas viúvas, irmãs ou filhas de maçons.

55 – ESTRELA FLAMEJANTE: Foi fundado em Paris em 1766, pelo Barão de Tschoudy. Obedece ao sistema jesuítico-templário e tem inspiração nas lendas das Cruzadas.

56 – ESTRITA OBSERVÂNCIA: Rito criado entre os anos de 1760 e 1763, pelo Barão Von Hund, na Alemanha, baseado em alguns Graus superiores do Rito de Ramsay. Hund foi uma personagem curiosa pela sua dedicação à Maçonaria, pelo êxito invulgar que alcançou, pela sua fortuna particular e pela sua personalidade, pois dizia-se portador de segredos advindos de graus superiores. O Rito teve grande êxito porque, mantido inicialmente em sigilo, combatia os excessos de distribuição de altos graus a pessoas incapacitadas de os ter, moralizando, assim, a Maçonaria. Foi um movimento extraordinário e de elevada reacção, beneficiando em muito a Maçonaria, expurgando-a dos aventureiros que se diziam vindos de Londres, únicos autorizados para conferir altos Graus. Posteriormente, o jesuitismo penetrou na Ordem, causando alterações e dissensões, tendo as cisões dado origem a uma série de outros novos Ritos. Compunha-se de 6 Graus (tendo, no entanto, o Barão de Hund acrescentado um sétimo): Aprendiz, Companheiro, Mestre (GG∴ SSimb∴ ), Mestre Escocês, Novilo, Templário – dividido em três Classes denominadas, Eques, Socius e Arminger e por último, Eques Professus (Graus Superiores, Templários). Na sequência de várias cisões observadas no seio do Rito e da sua dissolução operada em 1782 no Convento/Convenção de Wilhemsbad, foram criados os Ritos da Lata Observância, com as suas duas ramificações a saber, a Alta Observância e a Exacta Observância.

57 – EXEGÉTICO: O Rito Exegético oi instituído na cidad de Estocolmo, Suécia, inspirado na doutrina de Swedenborg e no Magnetísmo. Reunia pessoas de posição elevada e intelectuais. Não teve muitos seguidores e foi rapidamente dissolvido.

58 – FELICIDADE: Rito da Ordem da Felicidade, surgiu em Paris no ano de 1742 e foi criado por Chamboner e companheiros de oficialato de Marinha. Era composto por 4 Graus, todos eles alusivos à Arte de Marear: Grumete, Patrão, Chefe de Esquadra e Contra-Almirante. Todo o vocabulário e emblemas, eram inspirados nos símbolos de Marinha. Era uma Maçonaria recreativa e de Adopção.

59 – FÉRETRO ou PASTOS: Rito final da Iniciação nos Mistérios do Egipto, Grécia e outras nações antigas. Os últimos e Supremos Arcanos não podiam ser comunicados ao Candidato ou Discípulo antes de este ter passado pela Cerimónia da Morte e Ressurreição para a Nova Luz. Pastóforos, os que levavam o féretro sagrado ou o leito funerário dos Deuses-Sol, mortos ou ressuscitados, de Osíris, Tamuz (ou Adónis), Átis, etc.

60 – FESSLER: O Rito da Grande Loja Real York de Berlim, foi um dos Ritos mais científicos e cuidados, que surgiram no século XVIII Fundado por el ex-Padre, Inácio Aurélio Fessler, ilustre historiador, literato e portador de uma invejável bagagem cultural. Deve-se a ele, o desenvolvimento da Maçonaria na Alemanha, após o rompimento entre as duas Grandes Lojas existentes: a Grande Loja Nacional da Alemanha e a Loja Real York, em 1778. A capacidade intelectual de Fessler, fez com que extraísse dos Ritos existentes, e do que era conhecido em Maçonaria, os mais puros e originais ensinamentos, enriquecendo, assim, a Instituição com elementos preciosos. O seu trabalho constituiu uma apreciável contribuição para toda a Maçonaria Universal. Posteriormente, o seu Rito foi reconhecido em toda a Alemanha, tendo-lhe o Rei Frederico Guilherme sancionado oficialmente.

61 – FIÉIS ESCOCESES: O Rito da Velha Nora. O Príncipe Eduardo Stuart, pretendente ao trono da Inglaterra, serviu-se da Maçonaria para a obtenção das suas aspirações ao Trono de Inglaterra. Os Maçons de Toulouse, partidários do Príncipe, fundaram em 1748 este Rito, composto por nove Graus, divididos em três Capítulos, sendo o Primeiro – da Maç∴ Simb∴ -, era composto pelos três primeiro GG∴ SSimb∴ e o de Mestre Secreto, o Segundo – Maçonaria Templária ou das Cruzadas -, era composto por 4 Graus com a designação genérica de Eleitos e o Terceiro grupo – Maçonaria Científica -, era composto pelos membros do 9º e último G∴ , sob o Título de Iniciados nos Segredos. Os três Capítulos reunidos denominavam-se Consistórios e eram dirigidos e administrados por um Conselho Supremo. Apesar da resistência do Grande Oriente de França, o Rito perdurou até ao ano de 1812, altura em que foi extinto, sempre com grande actividade em França.

62 – FILADELFOS de NARBONNE: Foi criado em Narbonne em 1780, sendo composto por 10 Graus, divididos em três classes. Tinha inspiração escocesa e trabalhava a Maçonaria pura.

63 – FILALETES ou INVESTIGADORES DA VERDADE: Em 1773, na Loja Os Amigos Reunidos, em Paris, os II∴ , Savalette de Langes, o Visconde de Tavannes, o Presidente Hericourt, o Príncipe de Hasse, Saint Jamese Court de Gibelim, criarão este Rito, com o objectivo de aperfeiçoamento do Homem e a aproximação do princípio divino, na esteira do Martinismo. O Rito era composto por 12 Classes, ou Câmaras de Instrução, agrupadas em duas séries de 6 Graus cada uma, denominadas Pequena e Alta Maçonaria, sendo a primeira composta pelos 3 GG∴ SSimb∴ , Eleito, Escocês e Cavaleiro do Oriente e a segunda composta pelos Graus, Rosa-Cruz, Cavaleiro do Templo, Filósofo Desconhecido, Sublime Filósofo, Iniciado, e Filalete ou Mestre de Todos os Graus. Os Filaletes, eram possuidores dos Segredos da Ordem e gozavam de grande reputação, mercê dos seus conhecimentos metafísicos.

64 – GAÚCHO: Houve uma tentativa de formar um Rito no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, como adaptação do Rito Escocês Antigo e Aceite à linguagem “creoula”, estabelecendo-se para os três Graus Simbólicos, os nomes de, “Peão”, “Capataz” e “Patrão”, mas nunca chegou a ser divulgado. O seu criador usa o nome simbólico de “José de Arimatéia” e é colaborador da Revista Masónica União, editada em Porto Alegre.

65 – GERAL de FRANÇA: Rito do Grande Capítulo Geral de França. Trata-se de um Rito surgido em 1782, das cinzas dos Ritos Clermont, do Conselho dos Imperadores do Oriente e Ocidente e dos Cavaleiros do Oriente. Em 1785, uniu-se ao Capítulo Rosa-Cruz do Sr. Gerbier, ambicionando a supremacia do Escocismo francês. Em 1786, fundiu-se com o Grande Oriente e mudou o seu nome para Capítulo Metropolitano de França.

66 – GRANDE GLOBO FRANCÊS: O Rito do Soberano Conselho da Sublime Loja-Mater dos Excelentes do Grande Globo Francês, foi constituído em 1752 para os altos graus, com a finalidade de manter a pureza da doutrina Maçónica, combatendo as inovações. Em 1772 fundiu-se com a Grande Loja de França.

67 – GRÃO DE MOSTARDA: O Rito da Congregação dos Irmãos Morávios, ou a Ordem do Grão de Mostarda, era um Rito que diz respeito à Maçonaria Evangélica, inovação introduzida na Maçoneria alemã, estabelecendo-se na Silésia em 1739, e o seu objetivo era a propagação dos Evangelhos através da Maçonaria.

68 – GRATA REPOA: O Rito da Iniciação dos Sacerdotes, foi criado na Alemanha em 1767, em Berlim e na Silésia, onde um grupo de Maçons separados da Estrita Observância, se uniu ao I∴ Carlos Koppen. Os seus fundadores encontravam-se na história antiga da Maçoneria Egípcia e compunha-se de sete Graus: Pastoforus, Neocoris, Melanoforis, Cristoforis, Bajahata, Astrónomo da Porta de Deus e Sefenát Pancát.

69 – HAITIANO: Constitui uma fusão dos Ritos dos antigos Maçons Livres Ingleses, do Real Arco e dos Cavaleiros Americanos, ligeiramente modificados e foi constituído no Haiti.

70 – HERÉDOM: Surge do que restava do Capítulo de Clermont, dissolvido em 1758 em Paris, da iniciativa de uns II∴ dos Altos Graus, que inaugurou naquela cidade, um Capítulo de Soberanos Príncipes Maçons denominado, Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, Grande e Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém. Inspirado nos Templários e herdeiro dos Ritos de Clermont e das correntes escocesas de Kilwining e de Heredom e do Rito Egípcio. Tratava-se de um Rito jesuítico-templário que buscava a Perfeição, ou seja, o segredo da “Rosa Mística”. Também se denomina Rito da Perfeição. Era composto por vinte e cinco Graus, combinados com os números correspondentes a tantos meses necessários para a passagem de um Grau para outro. Os Regulamentos e Constituição da Maçonaria da Perfeição foram publicados em 1762 e foram ratificados a 25 de Outubro do mesmo ano em Berlim e, não sofrendo modificações desde 1762, foram adoptados pelas Grandes Constituições de 1 de Maio de 1786, a base do Rito Escocês Antigo e Aceite, formalmente fixados (no n´mero de 33 Graus) pelo Supremo Conselho Mundial de Charlston em 31 de Maio de 1801.

71 – HERMÉTICO: Foi fundado por Pernety en 1770 em Avignon, França e transportado para Montpellier em 1778. Ensinava a arte de transmutar metais em ouro, compor o elixir da longa vida, a pedra filosofal e outras mágicas da época. Inicialmente compunha-se de 9 Graus, tendo visto aumentar o seu número ao longo do tempo, até 45 Graus ou mesmo mais.

72 – ILUMINADOS DE AVIGNON: Foi também José Pernety, célebre alquimista e Monge Beneditino, que criou, em 1776, este Rito hermético, conforme com a doutrina de Swedenborg; possuía nove Graus. Durou pouco tempo, tendo sido desmembrado em diversos Capítulos e Academias, acabando por se fundir com outros movimentos que seguiam o Martinismo.

73 – ILUMINADOS DA BAVIERA: Adam Weisshaup que em 1771 fundou esse rito, cujos membros eram conhecidos como os Aperfeiçoados; ganhou grande fama e glória pela organização perfeita e pelo que se propunham a ensinar, a fim de aperfeiçoar o género humano, reintegrando-o no pleno uso dos seus direitos primitivos, outorgados pela Natureza e postergados pelas autoridades políticas e religiosas. O Rito era composto por 13 Graus, divididos em duas Classes denominadas Edifícios em que a primeira – Edifício Inferior ou de Preparação – abrangia 4 Graus de instrução (Noviço, Minerval, Iluminado Menor e Iluminada Maior), mais 5 Graus intermédios (Aprendiz, Companheiro, Mestre, Noviço Escocês e Cavaleiro Escocês ou Iluminado Director), e a segunda Classe – Edifício Superior ou dos Mistérios -, que se sub-dividia em dois grupos, os Pequenos Mistérios (Graus de Epopto ou Sacerdote Iluminado) e os Grandes Mistérios (Mago Filósofo e Homem-Rei).

74 – ILUMINADOS DO ZODÍACO: O Iluminismo, que fez várias tentativas de penetração na América do Sul, principalmente no Brasil, dera origem a vários Ritos e este não passou de mais um movimento depurador, inspirado na Cabala e nos doze signos zodiacais. Compunha-se de diversos Graus e os principais correspondiam aos Signos Zodiacais os quais, formavam o Zodíaco Maçónico.

75 – ILUMINADOS TEÓSOFOS: Foi estabelecido em Londres, no ano de 1767 por Chastanier e destinava-se o ensino da Teosofia Cristã. Baseava-se no Sistema de Swedenborg e numa modificação do Rito de Avignon. Comportava 6 Graus: Aprendiz Teósofo, Companheiro Teósofo, Mestre Teósofo, Escocês Sublime da Jerusalém Reformada ou Teósofo Iluminado, Irmão Azul e Irmão Vermelho.

76 – INGLÊS: O Rito dos Antigos Maçons Livres e Aceites de Inglaterra. é o Rito adoptado pela Grande Loja de Inglaterra fundada em 17 de Junho de 1717, na Festa de São João Baptista. Trata-se de um Rito muito difundido e trabalhado até aos nossos dias, e é composto por sete Graus: Aprendiz, Companheiro, Mestre e Maçon do Santo Real Arco, Mestre da Marca, Mestre Antigo, Muito Excelente Maçon e Real Arco.

77 – IRMÃO ENOCH do: Criado em 1773 por Enoch, um Maçon francês, que pretendeu implantar em França um novo regime maçónico constituído por uma mistura de ideologia mística e de doutrinas filosóficas e monárquicas. As origens do Rito/Sistema, remontariam ao Arcanjo São Miguel o qual, seria já Grão-Mestre da Ordem nos tempos de Adão. Segundo Enoch, “a Maçonaria é uma sociedade santa e piedosa de amigos, que tem por fundamento a discrição; por objecto, o serviço a Deus, a fidelidade ao seu Rei e a caridade para com o próximo; e por objectivo moral, a elevação de um edifício alegórico às virtudes que ela ensina”. Luís XVIII, Rei de França e de Navarra, face à alegada origem do Rito e a estreita “obediência” que o mesmo tinha para com a causa real, aceitou ser iniciado e recebesse os seus quatro Graus, vindo a ser o Grão-Mestre por alturas da Sessão Solsticial de 1804. O Rito compunha-se de quatro Graus, cada um consagrado a um determinado objectivo: Mão-de-Obra (consagrado à Amizade e à Beneficência), Obreiro (consagrado à Fidelidade devida ao Soberano), Mestre (consagrado à Submissão ao Ser Supremo) e Arquitecto (consagrado à Perfeição de todas as Virtudes).

78 – IRMÃOS AFRICANOS: Ou Rito da Ordem dos Arquitectos da África. Foi criado na Prússia em 1767 por iniciativa de Frederico II e tinha por objectivo, o estudo das ciências e pesquisas históricas sobre a Maçonaria. O Rito conferia anualmente um prémio à obra considerada a melhor sobre a história da Ordem Maçónica, entregando-se ao agraciado, uma medalha de ouro. Possuía onze Graus, divididos em três grupos: Primeiro Templo – Aprendiz, Companheiro, Mestre -, Segundo Templo – arquitecto ou Aprendiz dos Segredos Egípcios, Irmão Cosmopolita, Filósofo Cristão (Bossinius) e Mestre dos Segredos Egípcios ou Amigo da Verdade – e os Graus Superiores – Arminger, Miles e Eques. Foi um Rito que, aparentemente, permaneceu na Prússia e durou enquanto viveu Frederico II.

79 – IRMÃOS ASIÁTICOS: Rito dos Cavaleiros e Irmãos Iniciados na Ásia, ou Irmãos Asiáticos, ou, ainda, Cavaleiros e Irmãos de São João Evangelista da Ásia. Constitui um ramo das Sociedades dos Alquimistas Alemães Rosa-Cruzes, originado de uma cisão ocorrida em 1780, liderada pelo Barão Haas Henri Eker von Alkefen. Estudava as ciências naturais, manuseando a alquimia e os mistérios mágicos. Compunha-se de cinco Graus. Dissolveu-se em 1790, após a morte de Alkefen.

80 – IRMÃOS de SÃO JOÃO: Terá sido criado no ano de 1440, tomando o nome de Confraternidade dos Maçons, conforme o registo de uma acta da Convenção de Colónia, que teve lugar em 24 de Junho de 1535, encontrando-se presentes os delegados das confraternidades de, Londres, Edimburgo, Amesterdão, Paris, Lyon, Frankfurt, Hamburgo e de muitas outras cidades. A Ordem devia reger-se por um único Chefe Universal, coadjuvado nos seus diversos magistérios, por outros tantos Grão-Mestres, de acordo com as necessidades de cada país e compunha-se de 5 Graus: Aprendiz, Companheiro, Mestre, Mestre Eleito e Sublime Mestre Eleito. É de prever que a estruturação do Rito da Ordem com estes cinco Graus, seja de uma época posterior à da sua eventual formação, ou sequer da referida Convenção de Colónia.

81 – IRLANDÊS: Este Rito foi criado em 1747 com uma finalidade política, como sustentáculo às pretensões de Eduardo Stuart ao trono, constituindo uma compilação dos Graus de origem escocesa e irlandesa, praticados desde meados do séc. XVI em França.

82 – IRMÃOS DE SÃO JOÃO: ou Da Fraternidade Maçónica de São João. Nos Anais da cidade de Colónia, do ano de 1535, consta um escrito onde é referido que antes de 1440, “a Fraternidade ou Ordem dos Irmão Franco-Maçons, congregados segundo as santas regras de São João, não procede dos Templários, nem de nenhuma Ordem Cavaleiresca, senão que é a mais antiga do que todas as ordens similares, pois existiu na Palestina, Grécia, e em diferentes partes do Império Romano. A nossa fraternidade é anterior às Cruzadas. Em certa época, um reduzido núcleo de Iniciados que possuíam a verdadeira doutrina da virtude e os ensinos secretos, separou-se da massa, em consequência da luta existente entre as seitas”. Compunha-se de 5 Graus, Aprendiz, Companheiro, Mestre, Mestre Eleito e Sublime Mestre Eleito.

83 – IRMÃOS MANIQUEUS: Rito estabelecido em Itália nos finais do séc. XVIII, baseado na antiga Doutrina Gnóstica de Mane. Tinha ideias cabalísticas, mas não teve muito sucesso, devido à incompreensão geral que suscitava. Era composto por vários Graus cuja nomenclatura, é desconhecida.

84 – IRMÃOS NEGROS: O Rito da Ordem dos Irmãos Negros, compreendia os membros de uma ordem secreta existente na Europa Central que, em 1766, fundiu-se com a Academia dos Verdadeiros Maçons. Posteriormente, constitui-se outra sociedade maçónica cabalística, inspirada no sistema de Martinez de Pascuallis a qual, após uma união com outras sociedades do sistema de Zinnendorf, dá origem, em Montpellier, à Academia Swedenborguiana dos Iluminados de Avignon. Após a constituição desta sociedade, espalhou-se, então, pela Alemanha e pela Prússia, uma outra, a Sociedade dos Irmão Negros, adoptando os mesmos princípios da Academia Swedenborguiana dos Iluminados de Avignon, adoptando as fórmulas misteriosas do Grau de Kadosch. Aos poucos, afastaram-se da Tradição Maçónica e converteram-se em grupos políticos.

85 – INVESTIGADORES DA VERDADE: ou Rito dos Filaletes, criado en Paris no ano de 1773, en la Logia Amigos Reunidos, por el s Irmaos Savalette de Langes, o Visconde de Tavannes, o Presidente Herocourt, o Príncipe de Hasse, Saint James e Court de Gibelim. Tratavase de un movimento reformador para perseguir a perfeicao do homem e su aproximacao de Deus, inspirado en la doutrina do Martinismo, en grande voga en la época. Compunhase de doze clases o câmaras de instrucao, divididas en duas séries de seis grados cada una , denominadas Pequena e Alta Maconaria. fue um trabalho que grangeou aos Filaletes grande e justificada reputacao.

86 – JESUÍTICO: os Jesuítas infiltraram-se de tal forma na Maçonaria que chegaram a constituir Lojas e a criar Ritos. Em bom rigôr, não existe um Rito Jesuítico, mas sim Ritos criados e trabalhados sob a sua influência, como sendo o Rito dos Eleitos Cohen. Os Jesuítas tomaram os Ritos dos Templários e adaptaram-nos às novas situações. Além dos inúmeros Ritos surgidos sob a inspiração e direção Jesuítica, surgiram “graus soltos”, como os de. Aprendiz de Santo André, Aprendiz Filósofo, Cavaleiro da Palestina ou da Aurora e Beneficência, Cavaleiros da Cruz de Roma e Constantino, Cavaleiro Eleito Supremo, Escudeiro Ilustre e Iniciados nos Sacros Mistérios.

87 – KILWINNING: Em 1744 e porque não foi reconhecida como a Loja mais antiga, pretendendo ter a sua origem em 1128, a Loja Capitular Cannongate Kilwinning, separou-se da aliança formada constituída por todas as 32 Lojas que, em 1735, fundaram a Grande Loja da Escócia e constituiu-se como Loja Mater de Kilwinning em Edimburgo no ano de 1744. Mais tarde, troca o seu nome pelo de Grande Loja Real e Grande Capítulo da Ordem de Heredom de Killwinning. Unindo os antigos Graus dos Templário e de Escocês, com os criados em França por Ramsay, forma o Rito de Kilwinning, atribuindo-se a faculdade de conferir os Altos Graus e deixando a administração dos GG∴ SSimb∴ a cargo da Grande Loja da Escócia. O Rito é introduzido em França no ano de 1786, pela Grande Loja Real, que instalou um Grande Capítulo de Heredom de Kilwinning, sob o forma de Grande Loja Provincial, destinada à difusão do Rito..

88 – MÃE ESCOCESA: Rito da Loja Mater Escocesa de Marselha ou Rito Escocês Filosófico da Loja Mater Escocesa. Ignoram-se o nombre e maiores detalhes do seu criador, mas acredita-se que tenha surgido entre los anos de 1750 e 1755. Fora fundada uma Loja que trabalhou este Rito, denominada Loja São João de Escócia, cujos trabalhos se irradiaram por toda a França. Era um Rito primoroso, constituído por 18 Graus herméticos. Em 1812, ainda surgiu notícia da sua existência.

89 – MAGOS: Originário de um sistema Rosa-Cruz, estabeleceu-se em Itália, em Florença, siendo un Rito hermético. Os seus membros guardavam sigilo entre si, comparecendo às reuniões dos Capítulos, encapuçados e cobertos com uma túnica, à semelhança dos membros dos Tribunais do Santo Ofício.

90 – MANIQUEUS: O Rito dos Irmãos Maniqueus surgiu em finais do século XVIII em Itália, inspirado na doutrina gnóstica de Mane. Compreende muitos grados, desconhecendo-se maiores particularidades.

91 – MARTINISMO: ou Rito de Saint-Martin. Mescla dos Ritos místico-teosóficos dos sistemas Swedenborg e Martinez Pascualis, surgiu em Paris em 1775, pelas mãos de Louis Claude de Saint-Martin (o Filósofo Desconhecido), que fora discípulo predileto de Pascualis e oficial do Regimento de Foix. Diz respeito a uma filosofia espiritual, confiando tudo a Deus. Passou por várias reformas e foi introduzido na Alemanha e na Rússia. O Rito era composto por 10 Graus de Instrução, divididos em dois Templos (Primeiro Templo: Aprendiz, Companheiro, Mestre, Mestre Antigo Eleito, Grande Arquitecto e Maçon Secreto e o Segundo Templo: Príncipe de Jerusalém, Cavaleiro da Palestina e Kadosh ou Homem Perfeito). Em 1778, fundiu-se com o ramo francês da Estrita Observância. Em 1891, o Dr. Encause (Papus) reavivou o Rito e actualmente ainda existem algumas ramificações em alguns países.

92 – MÊNFIS: Rito Antigo e Primitivo de Mênfis. O Rito de Memphis foi constituído pelos Maçons que participaram na Campanha do Egipto, com Napoleão Bonaparte. A maior parte dos membros desta missão eram Maçons dos antigos Ritos Iniciáticos: Rito Primitivo, Rito Hermético, Irmãos Africanos, Philalètes (alusivo à ilha de Philae, e no Alto Egipto, antigamente consagrada à deusa Isis), além de muitos do Grande Oriente de França. Tendo descoberto, no Cairo, uma sobrevivência gnóstico-hermética e, depois, no Líbano, a Maçonaria Drusa, que remontava aos Maçons operativos e que tinha acompanhado os Templários, os seus protectores, os Maçons que acompanhavam Bonaparte decidiram renunciar à filiação Maçónica vinda, anteriormente, da Grande Loja de Londres, juntando-se num novo Rito, que nada devia a Inglaterra, então a grande inimiga da França. E assim nasceu o Rito de Memphis, em Montauban, 630 quilómetros ao sul de Paris, em 1815. Extraindo a origem da Maçonaria dos primórdios da civilização, na Índia e nas margens do Nilo, os Irmãos Marconis e Mouret, em 1839, na cidade de Marselha, França, criaram o Rito de Mênfis, ou Rito Oriental. Os Irmãos Marconis e Mouret afirmavam que os verdadeiros criadores do Rito, haviam sido os Cavaleiros da Palestina e os Rosa-Cruz do Oriente. É um Rito complexo, com noventa e cinco Graus divididos em três séries: Simbólica, Filosófica e Mística e subdividindo-se em sete classes.

93 – MÊNFIS-MISRAÏN: Rito originado da unificação dos Ritos de Mênfis e de Misraïn, levado a cabo pelo seu Grão-Mestre comum, Giussepe Garibaldi, no ano de 1881 e tornou-se o Grande Hierofante de ambos. Após a morte de Garibaldi, em 1882, os Ritos entraram num período de obscurantismo até que, em 1890, várias Lojas de ambos os Ritos foram reunidas, surgindo, assim, o Rito de Memphis-Misraïn. Em 1900, para a liderança do Memphis-Misraïm foi indicado o italiano Ferdinando Francesco degli Oddi que foi substituído, em 1902, pelo inglês John Yarker. O Rito chegou aos 97 graus. Em 1902, o alemão Theodor Reuss estabeleceu o Soberano Santuário de Memphis-Misraïm na Alemanha e em 1913, após a morte de Yarker, tornou-se o Chefe Internacional do Rito. Em 1924, T. Reuss passou ao Oriente Eterno e a sucessão foi interrompida, menos na O.T.O. (Ordo Templi Orientis), ordem de neo-templários fundada por Reuss, em 1905, na Alemanha. Na verdade, a O.T.O. adoptou os 98º Graus do Rito de Memphis-Misraïm e condensou-os nos 11 graus da OTO. A Ordem da O.T.O está presente em Portugal. Em 1909, Theodor Reuss concedeu uma patente ao famoso martinista Gerard Encausse (Papus). Os sucessores de Papus foram Charles Detré (Tedé), Jean BricaudConstant ChevillonCharles-Henry Dupont e Robert Ambelain. Em 1939, Jean Bricaud passou ao Oriente Eterno e foi sucedido por Chevillon. Em 1944, Chevillon foi assassinado por colaboradores franceses do nacional-socialismo e foi sucedido por Dupont. E, em 1960, Ambelain sucedeu a Dupont. Em 14 de novembro de 1973, o italiano Francesco Brunelli (1927-1982) foi nomeado por Robert Ambelain, responsável pelo Rito para a Itália. Em 22 de Novembro de 1973, Francesco Brunelli (Nebo) – o Grão Mestre da Antiga e Tradicional Ordem Martinista e do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm -, foi recebido com todas as honras no Grande Oriente da Itália, no Palazzo Giustiniani. Mas a atividade do Rito em Itália e no Grande Oriente de Itália foi lendária nos anos setenta. Em 1981, Francesco Brunelli contatou o conhecido iniciado italiano Frank G. Ripel para reestruturar o Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm, que está actualmente estruturado com 99º graus. Frank G. Ripel estava na direção da Ordem Oriental Egípcia do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm entre 1981 e 1999. Desde o ano de 2015 que a Grande Loja Simbólica de Portugal detém a Carta-Patente emitida pelo Grande Oriente de França, para trabalhar os Graus Simbólicos e os Altos Graus do Rito.

Memphis-Misraim

94 – MESMER: Rito da Harmonia Universal ou Mesmerismo. O Movimento teve início quando o então célebre Médico alemão Franz-Anton Mesmer anunciou, em 1772, a descoberta de um elixir cujo nome seria “Magnetismo Animal” e que curaria toda e qualquer moléstia. Face às maravilhosas curas realizadas, os Maçons atraíram Mesmer e fizeram-no o centro dos seus trabalhos. Fundou em 1783 a Loja da Harmonia e em 1784, o Rito (Sociedade) da Harmonia Universal, dividido em três Graus: Associado Iniciado, Associado Discípulo e Associado Agente.

95 – MENSCHEITBUND: Rito originário da Alemanha, sem uma data precisa da sua criação, mas certamente surgido em pleno século XVIII. Foi constituído pelo Dr. Carlos Christian Frederick Krause. Inicialmente não dizia respeito à Maçonaria, mas a uma instituição que a pudesse s ubstituir. O nome deste Rito contém três expressões cuja tradução livre é, “Confederação ou Aliança do Género Humano, da Humanidade ou de todos os Homens”.

96 – METROPOLITANO DE FRANCA: Rito do Capítulo Metropolitano de França, resultou da fusão do Grande Capítulo Geral de França com o Grande Capítulo de Rosa-Cruz de França. Foi organizado pelo Dr. Gerbier, que redistribuiu os Graus existentes em ambos os Capítulos precedentes, constituindo um novo Rito composto de nove Graus, distribuídos por nove séries.

97 – MISRAÏN: Rito Egípcio ou Judaico. Ignora-se a origem exacta do Rito de Misraïn, atribuindo-o alguns historiadores aos italianos; mas o I∴ Lechangeur, com a colaboração dos II∴ , Bedarride e Joly, foi o introdutor do Rito em França, no século XIX (no ano de 1814) e, na qualidade de Chefe do Rito, afirma que a sua origem é tão antiga quanto Adão e que fora instituído por Deus. Diz-se que a Maçonaria surgiu dentro do próprio Homem, com a sua predisposição para o amor fraterno a Deus; têm razão alguns autores, em atribuir a Adão, o símbolo do primeiro Homem, o título de primeiro Maçon). O Rito de Misraïn é também chamado de Rito Judaico e de Rito Egípcio, u de Rito Antigo e Primitivo de Misraïn. Compõe-se de noventa Graus, oriundos do Escocismo, do Martinismo, do Hermetismo e de outros Ritos reformadores encontrados em França e na Alemanha, antes do ano de 1730. A Lenda do 3º Grau Simb∴ remonta à época de Lamech (Génesis, 4: 18), cujo filho – Jubal -, sob o nome de Harrio-Jubal-Abi, foi assassinado por três traidores de nome, Hagava, Hakina e Heremda. O Thalmud tem grande participação nos Trabalhos do Rito. O número dezessete é tido em grande consideração, pois foi no décimo sétimo ano que Adão instituiu o Rito de Misraïn. Continua em uso até nossos dias e é composto por 90 Graus.

98 – MODERNO FRANCÊS: Surgiu em Paris, no ano de 1761, constituído em 24 de dezembro de 1772 e proclamado a 9 de Março de 1773 pelo Grande Oriente de França. Foi instalado em três Câmaras pelo Grão-Mestre da Maçonaria francesa, Phillipe de Orleans, Duque de Chartres. Em 1774, o Grande Oriente constituiu uma comissão para estudar um novo Rito, que estivesse depurado de todas as inovações e influências que surgiam constantemente e que faziam da Maçonaria um conjunto de aventureiros, desvirtuando os seus princípios e a sua finalidade; esse Rito deveria conter os Graus necessários e reduzidos ao mínimo, para uma aplicação eficiente. A comissão não chegou a um resultado definitivo e recomendou que fossem excluídos todos os Graus Filosóficos, permanecendo apenas os três Graus SSimb∴ . O Grande Oriente aceitou a sugestão, e em 1777, restringiu os Graus aos três Simbólicos: Aprendiz, Companheiro e Mestre. Em 1782, atendendo à necessidade que a prática exigia, resolveu o Grande Oriente criar una Câmara dos Ritos e novamente constituiu uma comissão para o estudo de um novo Rito. A comissão, em 1776, apresentou um projecto com sete Graus, tendo este sido aprovado imediatamente, denominando-se Rito Moderno ou Francês. São os seguintes os Graus Simbólicos: Aprendiz, Companheiro e Mestre; Graus Capitulares: Eleito, Escocês, Cavaleiro do Oriente e Rosa-Cruz. O Grande Oriente, a princípio, sofreu muita resistência, sendo o novo Rito adoptado apenas por um pequeno grupo de Lojas; mas aos poucos foi-se impondo e, na actualidade, é praticado pela grande maioria das Lojas de França e de outras regiões geográficas, introduzindo.se na América e especialmente no Brasil.

99 – NACIONAL MEXICANO: Fora dos Estados Unidos da América do Norte, onde a Maçonaria teve mais tempo de trabalho, foi sem dúvida no México que ela prosperou de forma inesperada. As Lojas adoptavam os Ritos Escocês e o de York e ressentiam-se face aos abusos decorrentes da sua adopção; por isso resolveram constituir o seu próprio Rito. Criaram o Rito Nacional Mexicano baseando-se nos três GG∴ Simb∴ , acrescidos de outros seis. Foram os II∴ José Maria Mateos, Caetano Rinaldi e Luiz Luemo, que apresentaram o projecto composto por nove Graus, dos quais o último equivalia ao Grau 33º do Rito Escocês Antigo e Aceite . O projecto foi aprovado e editado por uma assembleia-geral dos componentes das Lojas Mexicanas, a 22 de Agosto de 1825, y foi instalada a primeira Grande Loja do Rito. Os Graus são os seguintes: Aprendiz, Admitido, Companheiro, Mestre Maçon, Mestre Aprovado, Cavaleiro do Segredo, Cavaleiro da Águia Mexicana, Perfeito Artífice, Grande Juiz e Grande Inspector Geral da Ordem. O Rito mantém os seus TTrab∴ com Fôrça e Vigôr.

100 – NOAQUITAS: Os Ritos dos Cavaleiros Prussianos. Surgiu na Prússia, no ano de 1756, inspirado na Cavalaria Teutónica, sendo os seus primeiros membros descendentes de Noé e o seu fundador o Arquitecto Faleg, o mesmo que projectara a Torre de Babel. Aparece como rival do Rito de Adoniramita, pretendendo ser-lhe mais antigo. Da Prússia enstendeu-se por toda a Europa. Glorificavam a Deus e praticavam a humildade. À sua extinção, apenas sobreviveram leves referências, desconhecendo-se maiores detalhes. Mas, em 1816, ressurgiu em França um movimento idêntico, denominado Noaquitas Franceses, participando deles alguns oficiais do exército de Napoleão Bonaparte. Compunha-se de três Graus: Cavaleiro, Comendador e Grande Eleito. O último Grau dividia-se em três “pontos” a saber, Juiz Secreto, Perfeito Iniciado e Cavaleiro da de Azinheiro. O arquitecto Faleg simbolizava Napoleão e a Torre era composta por oito partes, recebendo cada uma um nome cujas primeiras letras formavam a palavra Napoleao: Noé, Adão, Phaeg, Oobal, Lamech, Eva Oriente e Nanmah. O objectivo do Rito eram as provas das glórias de Napoleão e teve uma vida efémera (dois anos).

101 – OLD-ABERDEEN: Rito do Capítulo de Old-Aberdeen. Este rito surgiu na Alemanha de forma hermética e misteriosa, alegando os seus cultos propagadores, que as raízes da verdadeira Maçonaria estariam na Escócia, na cidade de Aberdeen, nas cavernas onde se encontravam os tesouros dos Templários. Suscitou muita discussão porque los mistérios que deveriam ser revelados, sempre permaneceram ocultos e pareceu tratar-se de alguma esperteza de um grupo de oportunistas e exploradores da boa-fé pública.

102 – ORDEM DE CRISTO: O Rito da Ordem de Cristo foi introduzido em Paris no ano de 1806. Trata-se de Maçonaria Templária de altos Graus de Iniciação e que continham características de todos os sistemas da época. O seu criador foi o português de nome Nunes.

103 – ORDEM da ESTRELA do ORIENTE: Foi fundada em 1778, na cidade de Nova York e pertence à Maçonaria de Adopção. Divide-se em 5 Pontos e baseia a sua teoria nas Escrituras Sagradas: Filha de Juphthah (voto de Obediência e respeito a um voto feito solenemente – Juízes 11: 31:e 34: 40), Ruth (Ideal de Beleza ou Amiga, exemplificado nos seus costumes francos, simples, leais e corteses, Ruth 1: 16 e 17), Esther (ideal de Fidelidade aos Amigos, Esther 8: 3- 6), Marta (ideal da Fé viva, São João 11: 21-28), Eleita (ideal de Paciência e Submissão, mesmo perante as injustiças. Era reservada às filhas e mulheres e viúvas de MM∴ MM∴ e chamava-se Família ao conjunto de cinco Senhoras e cinco MM∴ MM∴ , que se reuniam quinzenal, mensal ou trimestralmente para efeitos de Instrução.

104 – ORDEM da ESTRELA FLAMÍGERA ou FLAMEJANTE: Fundada em Paris no ano de 1766 pelo Barão de Tschoudy. Compõe-se de Graus Cavaleirescos, baseados nas lendas das Cruzadas e conformes com o sistema templário/jesuítico, diferente do sistema de Ramsay e pretendendo ter sido o Beato Pedro o Eremita, o impulsionador das Cruzadas. Este Rito serviu aos Jesuítas os quais, aproveitando-o e praticamente terminada a sua influência na Europa como a queda da sua Ordem (Estrita Observância), fudam a Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa, como última fase da manutenção das suas convicções.

105 – ORDEM de SÃO JOAQUIM: Foi fundada em 1756 em Leutmeris, na Boémia, e caracterizou-se pelo seu aspecto profundamente religioso, fazendo parte integrante da Maçonaria Cristã. Apenas admitia Nobres da mais pura linhagem e a cerimónia de Iniciação revestia-se de grande pompa e circunstância e realizava-se numa igreja católica. Uma vez colocado o Iniciando na Sacristia da igreja escolhida, um membro do Clero dirigia-lhe a palavra em termos adequados à solenidade e uma vez confirmada a sua decisão em entrar para a Ordem, era introduzido no templo do qual voltava a sair para a Sacristia, após a realização de algumas cerimónias, e a fim de meditar sobre a sua decisão e responsabilidade de pertencer à Ordem; posteriormente e mantendo o seu firme propósito, era novamente levado com toda a solenidade ao interior da igreja, onde prestava o seu juramento na crença na Santíssima Trindade e no cumprimento dos seus deveres sendo, então, armado Cavaleiro e recebia o seu hábito da Ordem. A cerimónia terminava com um te Deum.

106 – ORDEM do TEMPLO ou do Temple: Foi criada no Capítulo de Clermont em Paris e daí foi levado para a Alemanha pelo Barão de Hund o qual recebeu, em 1743 e nesse Convento, a linha de sucessão e fundou várias Lojas Templárias tendo criado, em 1764, a Estrita Observância. O tema obrigatório dos últimos Graus, era a lenda da pretendida restauração dos antigos Cavaleiros Templários e as alegorias gravitavam à volta do fim da Ordem e do martírio a que foram sujeito o seu Grão-Mestre Jaques de Mollay. Em 1806, surge em Paris um Orde du Temple, composta por seis Graus: Aprendiz, Companheiro, Mestre, Mestre do Oriente, Mestre da Águia Negra de São João e Mestre Perfeito do Pelicano e em 1808, a estrutura foi substituída pela seguinte: Iniciado, Iniciado do Interior, Adepto do Oriente, Adepto da Águia Negra de São João e adepto Perfeito do Pelicano.

107 – ÓRFICO: O Rito Órfico tinha como objectivo reavivar o culto a Orfeu e surgiu poucos séculos após o Cristianismo. Era um sistema Maçónico mas de cunho religioso, pregando o poder a abertura dos Céus através de cerimónias religiosas. Desapareceu há alguns séculos.

108 – OTOMANO: ou Rito do Celeste Império. Praticado na Turquia e é composto por três Graus Simbólicos. Trata-se de Maçonaria pura com elevados trabalhos e que visa o aperfeiçoamento moral e intelectual do Homem e o progresso da sociedade, colocando em primeiro lugar, a Humanidade e a Beneficência. Ali, seu mártir, que foi condenado à morte por ter sido responsabilizado pela introdução do Rito na Turquia. O seu principal paramento distintivo consta de um xaile escuro, adornado de várias figuras alaegóricas e um pendente de um colar branco (símbolo da Pureza), um dodecaedro de mármore branco polido e salpicado de manchas vermelhas (que representam o sangue derramado por Ali). De acordo com alguns historiadores, existe em Belgrado uma Grande-Loja chamada Alikotch (cujo Presidente é simultaneamente o Grão-Mestre de todas as Oficinas Maçónicas da Turquia e que se encontra em relações com os Grão-Mestres da Arábia e da pérsia, que professam o mesmo Rito).

109 – PALADIUM: ou Rito da Orden do Paladium ou ainda, Soberano Conselho da Sabedoria. Rito de inspiração pitagórica, foi fundado em Paris em 1737, mas pretnde-se que a sua origem remonta à Escola de Pitágoras. Compõe-se de dois Graus apenas: Adelfa e Companheiro de Ulisses. Cultiva a admiração aos humanistas benfeitores da Humanidade – cuja lista de nomes, integrava o Ritual – e principalmente a Fenelon.

110 – PERSA FILOSÓFICO: Este Rito foi criado no ano de 1800, tendo como fundamento a divulgação do regime filosófico maçónico, buscando na primitiva Pérsia, a filosofia esquecida e adaptando-a à filosofia moderna. Era composto por sete Graus, divididos em três Séries ou Ordens: Ordem Simbólica – Aprendiz, Ouvinte, Companheiro Adepto, Escudeiro da Beneficência e Mestre Cavaleiro do Sol -, Ordem Capitular – Arquitecto Omnirita ou Cavaleiro da Filosofia do Coração e Cavaleiro do Ecletismo e da Verdade – e a Ordem Areopagita – Mestre Bom Pastor e Venerável Grande Eleito. Não teve grande êxito e a sua vida foi efémera.

111 – PERSEVERANÇA: surgiu publicamente em Paris, no ano de 1777 ignorando-se, todavia, a data da sua fundação. O Rito da Ordem da Perseverança compunha-se de Cavaleiros e Damas seleccionados, pertencendo, portanto, à Maçonaria de Adopção. Os Cavaleiros recebiam o nome de Dignos Irmãos e as Damas de Irmãs. Uma vez prestado algum benefício à Humanidade, os seus membros podiam ser dispensados da Ordem.

112 – PITAGÓRICO: O Rito Pitagórico surgiu na Alemanha e tinha a finalidade de propagar los ensinamentos de Pitágoras, possuindo três Graus, a saber: Ouvinte, Iniciado na Ciência e Mestre Pitagórico.

113 – PLATÓNICO: ou Rito da Academia Platónica. Teve como criador Masilio Ficint, que, incentivado por Lourenço de Médici, fundou em Varsóvia, no ano de 1842, uma sociedade com o título de Academia Platónica, com a finalidade de estudar as questões teológicas mais transcendentais, isso. Como as suas reuniões se revestiam do mais absoluto sigilo e era adoptado um ritual, não restam grandes dúvidas de que se tratava de um movimento Maçónico.

114 – PORTUGUÊS: Este Rito foi criado em Portugal, no seio da Grande Loja Legal de Portugal/Grande Loja Regular de Portugal, por II∴ oriundos de vários Ritos e movidos pela necessidade de recriar um Rito marcadamente português, subordinado à divisa, – “A minha pátria é a língua portuguesa”. O Rito Português integra e reforça a aplicação da estratégia da Grande Loja Unida de Portugal, tanto no que se refere à imagem interna da nossa Obediência como à implantação no exterior, através das Lojas promovidas por maçons portugueses emigrados e luso-descendentes e junto dos países de língua portuguesa, prestando um serviço à Maçonaria portuguesa e a Portugal. O Rito Português tem como Missão: Constituir e apoiar a instalação de Lojas, em Portugal e no estrangeiro, do Rito Português, em estrita observância dos Landmarks, das Constituições e dos demais usos e costumes da Maçonaria regular, Aprofundar o conhecimento, formar e fomentar a divulgação da história e da cultura portuguesas e dos países irmãos, Contribuir e apoiar a estratégia de Portugal e das suas parcerias estratégicas de que se realça a Comunidade de Países de Expressão e Língua oficial portuguesas, nas áreas de atuação consideradas maçonicamente regulares, em que podemos e devemos intervir. Não tendo recebido a esperada Consagração por parte daquela Pot∴ Maç∴ , os OObr∴ que integravam a sua criação, passaram a integrar as ll∴ da Grande Loja Unida de Portugal e trabalham o Rito até hoje.

115 – RAMSAY: Surgiu em França, no ano de 1728, pelas mãos do escocês Baronete de Ramsay, que deu origem ao nome do Rito Escocês. Espelhando-se nos GG∴ SSimb∴ , instituiu os de nome, Escocês, Noviço e Cavaleiro do Templo.

116 – REFORMADO DE DRESDEN: Trata-se de um ramo do Rito da Estrita Observância, surgido na Alemanha em 1755 numa Loja de Dresden e em outra de Unnvurden. Inspirou-se no sistema Templário de Ramsay e originou diversos Directórios denominados Escoceses. O Ritual era composto por sete Graus e dividia-se em três partes: Ordem Exterior – Aprendiz, Companheiro e Mestre -, Ordem Intermediária – Mestre Escocês de Santo André – e a Ordem Interior – Capítulo Equestre, Noviço, Cavaleiro. O objetivo da Ordem e os seus dirigentes, eram desconhecidos, mas aquela espalhou-se pela Alemanha, por Franca, Itália e Áustria.

117 – ROSA-CRUZ: O Rito dos Irmãos da Rosa-Cruz talvez fosse na época o mais importante movimento maçónico. Os Humanistas fizeram parte do movimento, que cultivava, sigilo absoluto, os segredos herméticos. Desconhece-se a sua origem, mas uma grande parte dos Ritos existentes nos séculos XVIII e XIX, retirou dos Rosa-Cruz muitos elementos, e quase todos os Graus dos Ritos em uso actualmente, contêm el nome “Rosa-Cruz”. Atribuem-se aos Rosa-Cruzes o início da Maçonaria Operativa, nomeadamente das antigas Corporações de Maçons Construtores, remontando, assim, a origem da Ordem ao séc. XIV. O Rito publicamente na Alemanha, no século XVII, sob o nome de Irmãos Rosa-Cruz, mas sem uma forma Maçónica, mas em 1796, já se apresentava como sendo um Rito Maçónico. Cultivavam o desenvolvimento das forcas mentais e na época, estando em voga o estudo da Alquimia, falava-se no elixir da longa-vida e na transmutação do metal comum em ouro, sonhos quiméricos mas que evidenciavam a preocupação científica alcançada hoje em dia com a evolução da Ciência. A lenda refere que Christian Rosenkreuz, alemão de nascimento, cultivador da Ordem, encerrou-se numa caverna em 1484, com tesouros e segredos, até à sua morte. Em 1604, foi descoberto o túmulo, sendo aproveitados os tesouros e segredos, surgindo daí a Ordem da Rosa-Cruz, isso segundo o relato de Valentin Andréa. Em 1662, a Orden foi levada para a Holanda e lá estendeu-se a resto da Europa. Na actualidade, a Ordem ainda existe, mas sem a característica Maçónica que teve, restringindo-se apenas ao estudo do mentalismo e nem sempre com a elevação e honestidade que a Tradição é merecedora. Todos os grandes pensadores, desde Bacon a Descartes, fizeram parte da Ordem Rosa-Cruz.

118 – ROSA-CRUZ DE OURO: Rito dos Irmãos da Rosa-Cruz de Ouro ou, dos Irmão Alemães da Rosa-Cruz. Tratava-se de um ramo Rosa-Cruz que se fixara na Alemanha no ano de 1777 e que reivindicava a primazia de ser o portador dos verdadeiros segredos maçónicos. Os Jesuítas tomaram conta da Ordem e converteram-na numa arma de opressão contra a liberdade do pensamento. O Rito compunha-se de nove Graus: Zelador, Teórico, Prático, Filósofo, Adepto Júnior, Adepto Sénior, Adepto Isento, Mestre do Templo e Mago. Foi dissolvida em 1798.

119 – ROSA MAGNÉTICA: Não existem mais informações acerca deste Rito, com excepção da sua existência em finais do século XVIII, e que tinha como finalidade, o estudo e a propagação do “magnetismo” (o magnetismo animal, exposto por Mesmer em 1779 e segundo o qual, o fluido universal que circula na substância dos nervos e que transforma o corpo humano num corpo natural análogo ao íman que, uma vez dirigido, “permite curar imediatamente as doenças dos nervos e todas as outras doenças”- Mémoire sur la decouverte du magnétisme animal).

120 – SÁBIOS: Rito da Academia dos Sábios. Existiram vários movimentos maçónicos com esta denominação, sendo o original estabelecido em Londres por Elias Ashmole, que se inspirou nas doutrinas da Nova Atlântida de Francis Bacon. Não chegaram até nós, os Rituais, nem sequer a estrutura do Rito, para além de se saber que era composto por vários Graus, distribuídos por classes. Sabe-se ainda que o Rito foi trabalhado por várias sociedades estabelecidas, na Suécia, na Rússia, em França nomeadamente, em Avignon e junto da Loja-Mater Escocesa do Rito Filosófico.

121 – SANTO SEPULCRO: Rito da Ordem dos Cavaleiros Humanitários da Cidade Santa de Jerusalém, também chamados de Cavaleiros de Cristo ou do Templo de Salomão ou ainda, Cavaleiros do Santo Sepulcro. Trata-se de um Rito Jesuítico, criado em França, no ano de 1782, por elementos de uma Loja de Lyon e inspirado também na doutrina do Martinismo. De Lyon passou para a Alemanha, onde granjeou grande aceitação, formando-se uma associação com o nome de Lojas Unidas da Alemanha que, mais tarde, se fundiram com as da Estrita Observância, reconhecendo como Chefe o Duque de Chartres. Supõe-se que, no princípio, era o próprio Sistema dos Templários, adoptado pelos Maçons franceses reunidos, no Convento de Lyon com o objectivo de desviar a atenção policial. Posteriormente, ao ser abolida a Estrita Observância no Convento de Wilhemsbad, foi adoptada a mesma alteração dos Maçons franceses, substituindo-a por um novo Rito, denominado Cavaleiros Hospitalares/Hospitalários. Compunha-se de sete Graus, adoptados da Estrita Observância.

122 – SCHREPFER: Novamente a Alquimia, a Magia e a Cabala inspiraram u, novo Rito. Foi criado em Leipzig, o ano de 1768 por J.G.Schrepfer. Tratanva-se de um misto de práticas misteriosas, em que entram o elixir da longa-vida, a comunicação com os anjos celestiais e com as figuras infernais. Foi Schrepfer que criou também a “Rosa Cruz de Ouro”, de efémera duração, tendo-se suicidado aos trinta e cinco anos de idade.

123 – SCHRÖEDER: Também cognominado de “Cagliostro alemão” ou, Rosa-Cruz Rectificado. Friedrich Ludwig Schröeder fundou em 1766, na cidade de Marburgo, o Rito que tomou o seu nome e que se traduz numa mistura de Magia, Teosofia e Alquimia. Trata-se de Maçonaria Simbólica com quatro Graus superiores. Foi trabalhado até meados do séc. XIX por duas Lojas de Hamburgo. A Magia e a Alquimia, com a evolução da Parapsicologia e da Transpsicologia, assumiram novas características, agora científicas, motivando a razão de ser do Rito. Foi um dos Ritos que surgiram com o entendimento de que a Maçonaria, com as suas tradições, Iniciática e Hermética -, tem afinidades com a Magia (entendida em sentido amplo) e que esta, posta ao serviço do Homem com o intuito deste agir sobre o Cosmo, seria o fundamento para a existência de tal tipo de Ritos. A este Rito de Schröeder, podemos juntar os de, Schoepfer, criado em 1768 na cidade de Leipzig, a própria Alta Observância, e as duas Lojas de França – a São João da Escócia (1770 e 1775, com a sua Academia dos Sábios, consagrada à prática Hermética) e a Amigos Reunidos (1771, com os seus Altos Graus de carácter alquímico, teosófico, teúrgico e mágico), para além do Rito de Mesmer, atrás referido.

123 A. –  SCHRÖEDER: Friedrich Ulrich Ludwig Schröeder, pretendendo libertar a Maçonaria alemã do chamado “Grande Desvio” (o conjunto de adulterações maçónicas originadas pelo Barão von Hundt e a criação da Estrita Observância e consequentes práticas decorrentes do Convento de Clermont), Schröeder submete aos Mestres de Hamburgo, em 29 de Junho de 1801, um ritual maçónico que viria a tomar o seu apelido como nome. Em 1789 e perante as constantes reformas que a Maçonaria Alemã vivia, em que as Lojas de Hamburgo alteraram as cerimónias, os símbolos e as insígnias maçónicos, Ludwig Schröder opôs-se tenazmente aos reformistas, de maneira a evitar a ruína da Arte Real. Começa, então, na cidade de Hamburgo e no ano de 1790, a elaborar um novo ritual para a Grande Loja Provincial da Baixa-Saxônia. Foi o estado de declínio do rito da estrita observância templária e a influência do nacionalismo alemão, a par do desvio do simbolismo da origem da Maçonaria, fez com que Ludwig Schröder se inspirasse a dar um novo ritual à maçonaria Alemã. A tendência para a Maçonaria Cavalheiresca ou Templária com um forte conteúdo – “Católico e Anglicano”, decorrente dos Ritos SuecoZinnendorf…) tinham desaparecido. Fortaleceu-se a tendência de que Moral elevada e os Princípios Éticos deveriam ser a essência característica da Arte Real. Schröeder entendia a Maçonaria como uma união de Virtudes e não, uma sociedade esotérica. Daí ter enfatizado no seu Ritual, o ensino dos valores morais e a difusão do puro espírito humanístico, dentro do verdadeiro amor fraternal e preservando a importância dos símbolos e resgatando o princípio que afirma ser “a verdadeira Maçonaria, a dos Três Graus de São João” (v. “O discurso de Schröeder quando foi eleito pela segunda vez Venerável Mestre da Loja “Emanuel zur Maienblume”, em 3 de Setembro de 1789).

124 – SECRETOS: ou Rito da Academia dos Antigos Segredos. Surgiu em Itália (Roma), em finais do séc. XVI, sendo o seu criador o Físico Giovanni Battista Porta, no final do século XVI. Os estudos eram realizados em Roma e entregavam-se à prática das Ciências Ocultas. Em 1780, altura em que se praticava a Maçonaria Filosófica, o Coronel Foux de Salaverte, inaugurou em Varsóvia um Rito extraído da Antiga Academia de Porta, mas teve curta duração, devido às guerras polacas.

125 – SOBERANO CONSELHO da SUBLIME LOJA-MÃE dos EXCELENTES do GRANDE GLOBO FRANCÊS: Formado em Paris no ano de 1752, destinava-se à administração dos Altos Graus que adoptaram inicialmente a denominação de Soberano Conselho, Sublime Loja Madre Escocesa do Grande Globo Francês, pretendendo ser a única guardiã da pureza das verdadeiras doutrinas maçónicas. Não chegaram até nós os Graus que compunham este Rito mas, é de crer que eram apenas os SSimb∴ e os bíblicos. Em 9 de Março de 1780, é emitido um Decreto que caracteriza bem o aspecto purista do Rito: “Havendo tomado em consideração a denúncia que nos há sido feita, da introdução na Maçonaria, de muitos graus perigosos, fictícios e ilusórios, seja por ambição, por ignorância ou por cupiscência, e havendo reconhecido que, o Pequeno Eleito, o Eleito dos Nove ou de Perignan, o eleito dos Quinze, o Mestre Ilustre e o Cavaleiro da Aurora ou da Esperança, não são outra coisa mais que os escalões de uma moral repreensível que conduz o espantoso grau de Grande Inspector Geral, Cavaleiro Kadosh ou Cavaleiro Eleito, também chamado Cavaleiro da Águia Negra, ainda sobrepujado com Comendadorias ilusórias e parasitárias, tanto no Soberano Comendador do Templo, como no de Escocês de Santo André da Escócia, imaginado ou levado a Paris pelo finado Barão de Tschoudy, que se reproduz hoje nos Directórios Escoceses de Dresde, adoptados pelos maçons de Lyon, Bordéus e Estrasburgo, não sendo senão uma modificação de Grande Inspector Cavaleiro Kadosh; sendo os mesmos objectos de recompensas, condecorações e vinganças justamente vituperadas, (na tradução castelhana), e tendo em conta que o graus de Escocês de São João da Escócia não é menos perigoso, porque as suas emigrações e por seus arteiros sofismas, tende à subversão da verdadeira Maçonaria; que o grau de intitulado Rosa-Cruz e seus aderentes apresentam certos absurdos que poderiam ser ainda qualificados de outra aneira; que o de Cavaleiro junto com o de Comendador do Oriente, produção louca e bastarda, não apresentam senão um falso desenrolar do catecismo maçónico que não pode adaptar-se de maneira nenhuma ao seu espírito etc., DECRETAMOS: que ditos graus fiquem suprimidos e proscritos de todas as Lojas em que se renda culto à verdadeira luz, etc”. mais tarde, em 27 de Novembro do mesmo ano, é emitido novo Decreto, suprimiu os títulos de Escocês, Inglês, Irlandês, Saxão, Africanos de Berlim, Maçons Reformados de Brunswick, restabelecendo o antigo título de Excelente, sob a alegação de que, conservando por mais tempo estas estranhas denominações, manancial de numerosos abusos que tão prejudiciais são para a boa ordem assim como para a paz e união que deve reinar entre as Lojas, seria expôr-se aos justíssimos reproches dos maçons verdadeiros e ilustrados. Em consequência de um Tratado celebrado em 1772, O Soberano Conselho fundiu-se com a Grande Loja de França.

126 – SOCRÁTICO: ou Rito dos Panteístas. Fundado segundo os princípios e doutrina do Panteisticon, que João de Toland ensinara em Inglaterra, no ano de 1720. Foi instalado na Alemanha.

127 – SOFISIANOS: Rito da Ordem Sagrada dos Sofísticos ou Sofisianos. Teve origem em França, quando alguns Veneráveis que fizeram parte de uma expedição ao Egipto no ano de 1801, ao regressarem e cheios de entusiasmo pela cultura do Antigo Egipto, na Loja dos Irmãos Artistas de Paris, trabalharam com afinco e criaram uma Ordem consagrada a Hórus, composto por três Graus ou Classes, sempre inspirados na mitologia egípcia: Aspirante, Iniciado e Membros dos Grandes Mistérios. Os membros da administração e dos Rituais, dividiam-se em cinco grandes divisões, dirigidos por um Grande Isarco, Órgão do Supremo Tribunal e o único que pode usar da Palavra. A Filantropia era a principal virtude que se exigia a um Sofisiano.

128 – SUECO: A Suécia é um dos países onde a Maçonaria tem a sua época áurea, tanto pelo alto nível de conhecimento intelectual do seu povo, como pela liberdade de pensamento que sempre reinou naquele país. A Maçonaria foi introduzida oficialmente em 1735, pela mão do Conde Axel E.W. Sparre. Em O Rito Sueco é praticado na Grande Loja de Estocolmo e os seus Ritos iniciais, correspondiam aos que eram os usados na época em França e Inglaterra, com influências, Templária e Rosa-Cruz. A presença do místico Swendenborg é notada no Rito Sueco. Em 1738, as reuniões maçónicas são proibidas, sob pena de morte, mas, perante a aceitação que as mesmas tinham no seio da sociedade sueca, o Édito Real de 29 de Outubro desse ano, foi revogado. No ano de 1772, a Maçonaria Sueca envolveu-se na política, apoiando oficialmente o Rei Gustavo III, no golpe de estado que este encetou no intuito de devolver à Casa Real, o poder de que disfrutava no reinado de Carlos XII e mobilizando a Classe Média contra a Nobreza, golpe de estado esse que teve o sucesso pretendido, dissolvendo-se o Senado. Paulatinamente, foram expurgadas as influências jesuíticas e alquimistas dos Rituais, mantendo-se, assim, o espírito dos Maçons suecos e a sonhada restauração da Ordem do Templo, que a Maçonaria deveria realizar. Atribui-se a Gustavo III a criação do Rito Sueco. Em 1746, por alturas do nascimento do futuro Rei Gustavo III e também após o nascimento da Princesa Sofia Albertina em 1753, os Maçons suecos deram, não só conhecimento público da sua existência, como ainda desenvolveram vários e grandiosos festejos de inspiração ou mesmo, cariz, maçónicos, chegando a cunhar moedas de ouro, alusivas aos acontecimentos. No ano de 1777, constitui-se o Grande Capítulo Iluminado de Estocolmo, tendo sido colocado, interinamente, na qualidade de Vicarius Salomonis, o irmão do Rei, o Duque de Sudermania e em 1780, o Rei foi aclamado Grão-Mestre da Grande Loja Nacional. Em 1811, o Rei Carlos XIII fundou uma nova Ordem – de Inspiração Templária-, destinada exclusivamente a premiar os seus súbditos Maçons – que dela se mostrassem ser merecedores -, com o Grau de Cavaleiro. O Rito Sueco possui nove Graus, divididos em três grandes secções: Loja de São João – Aprendiz, Companheiro, Mestre – Loja de Santo Andréou Loja Escoccesa – Aprendiz Companheiro de Santo André, Mestre de Santo André -, Loja ou Capítulo dos Stewarts – Irmão Iniciado de Salomão/Cavaleiro do Oriente/da Costa ou subida de Jerusalém, Cavaleiro do Ocidente, Iniciados de São João e Iniciados de Santo André -, tendo sido acrescentados, mais tarde, três Graus de cariz meramente governativo e honorífico, Dos Irmãos Arquitectos, Supremos Cavaleiros e Comendadores Iluminados da Cruz Vermelha – Membro do Capítulo, Dignitário do Capítulo e Mestre Reinante. O Rito Sueco distingue-se, assim, por um carácter religioso muito especial, refletido em todo o conjunto dos seus Graus, alegadamente devido à corrente decorrente das meditações metafísicas e reflexões religiosas de Swendenborg e à grande influência que, desde 1783, os Discípulos desse Filósofo tiveram na generalidade das Lojas Maçónicas da época.

Rito Sueco

129 – SUÍCO RECTIFICADO: ou Rito Helvético Rectificado ou ainda, Rito dos Cavaleiros da Cidade Santa, criado no Capítulo/Convento de Wilhemsbad e introduzido na Polonia em 1784, pelo I∴ Glaire de Lausanne, Ministro do Rei Estanislau – futuro Grão-Mestre Provincial do Rito – e que, mercê das inúmeras modificações que introduziu, veio a chamar-se Rito Helvético Rectificado, vindo a ser oficialmente adoptado pelo Grande Oriente da Polónia.

130 – SWEDENBORG: Surgiu em 1721, na Suécia, alastrando-se depois por Inglaterra e França. Manoel Swedenborg foi um eminente Sábio e pregava a inexistência da morte e a sobrevivência, desencarnando o Homem para se transformar em Anjo. Os seus dogmas foram entrosados com a Maçonaria, alcançando grande popularidade. Foi em Avignon, que surgiu o movimento denominado dos Iluminados. Swedenborg escreveu o célebre livro, Jerusalém Reformada, no qual apresentava o Cristianismo na sua pureza. Extraiu do Livro do Genesis, a nomenclatura dos Graus, em número de oito, divididos por dois Templos: Primeiro Templo – Aprendiz, Companheiro, Mestre e Eleito -, Segundo Templo – Compaheiro Cohen, Mestre Cohen, Arquitecto e Cavaleiro Comendador e Kadosh. O Rito foi reformado em Paris, no ano de 1783, pelo Marquês de Thome, depurando-o de tudo o que não fosse Maçonaria, reduzindo-o a seis Graus: Aprendiz Teósofo, Companheiro Teósofo, Mestre Teósofo, Teósofo Iluminado, Irmão Azul e Irmão Vermelho.

131 – TEMPLO: Rito da Ordem do Templo. Organizado no Capítulo de Clermont, em Paris no ano de 1743, é posteriormente transmitido para a Alemanha pelo Barão von Hund, que tinha recebido naquele Capítulo as linhas de sucessão, e que fundou várias Lojas Templárias alemãs e que, em 1764, fundou a Estrita Observância. Nos últimos Graus dos Ritos formados posteriormente, tinham obrigatoriamente como tema, a lenda da pretendida restauração dos antigos Templários e as suas alegorias giravam em torno do fim dessa Ordem de Cavalaria e do martírio do seu último Grão-Mestre, Jaques de Molay. Era composto por seis Graus – Aprendiz, Companheiro, Mestre, Mestre do Oriente, Mestre da Águia Negra de São João e Adepto Perfeito do Pelicano -, mudando em 1808 a nomenclatura desses seis Graus – Iniciado, Iniciado do Interior, Adepto do Oriente, Adepto da Águia Negra de São João e Adepto Perfeito do Pelicano.

132 – THEN-FOE-WHE: Associação do Céu e da Terra, foi criado na China como uma associação filantrópica e em que os seus membros se uniam fraternalmente e, inspirados na Maçonaria, constituíram graus e ceremónias rituais. Tem rara aplicação nos países orientais e ignora-se o nome do seu fundador e data da sua criação.

133 – TSCHOUDY: O Rito do Escocismo Reformado de Tschoudy, que era um Barão residente em França, que o criou em 1776, constando de dez Graus, divididos em dois Templos: o de Salomão e o de Zorobabel. Rito de efemera duracao e mínima propagacao.

134 – UNIÃO ALEMÃ: ou Rito dos Vinte e Dois. Entre os anos de 1700 e 1800, surgiram tantos Ritos que foram criadas imagens falsas sobre a Maçonaria, enchendo as Lojas de superstições e falsidades. O Dr. Frederick C. Bahedt, reuniu vinte e dois Irmãos e, em 1787, criou um Rito composto de seis Graus, fundando, na Saxónia, na cidade de Halle, uma sociedade com o título de União Alemã dos Vinte e Dois. Pregava o uso da Fé relacionada e o estudo consciente das doutrinas. Teve pouca duração. Os seus Graus eram: Adolescente, Homem, Ancião, Mesopolita, Diocesano e Superior.

135 – UNIÃO DA VIRTUDE: ou Rito da Tungend Bund Alemã. Surge no ano de 1790 mascarando uma atividade política. Tem uma duração efémera, após a conquista do que o grupo tinha como objectivo.

136 – VERDADEIROS MAÇONS: Rito da Academia dos Verdadeiros Maçons. Surgi em Montpellier no ano de 1778, sendo considerado como Maçonaria Hermética. Reuniu vários grupos, como os de Zinnendorf, Sociedade das Águias, Sociedade do Apocalipse, Iluminados do Zodíaco, Irmãos Negros e Sacerdotes ou Eleitos Cohens. Possuía seis Graus alegóricos.

137 – TOSÃO DE OURO: Rito do Capítulo dos Cavaleiros do Tosão de Ouro (Toison d’Dor). Surge de uma cisão verificada na Academia dos Verdadeiros Maçons. Ignora-se o nome do seu criador, mas o Rito era composto por cinco Graus: Verdadeiro Maçon, Verdadeiro Maçon do Caminho Recto, Cavaleiro da Chave de Ouro, Cavaleiro de Íris e Cavaleiro dos Argonautas. Em 1787 os seus membros dirigiram-se para São Pedro de Martinica, readoptando o nome de Academia dos Verdadeiros Maçons e, posteriormente, el nome de Maçonaria Russo-Sueca, espalhando-se pela Rússia e pela Suécia, para desaparecer sem deixar rasto possivelmente, por se haver diluído nos vários Capítulos Alquimistas em finais do séc. XVIII.

138 – XERÓFAGOS: Foi um Rito reacionário surgido em Itália em 1747, como protesto contra a bula do Papa Clemente XII contra a Maçonaria. Era composto de Maçons que acompanhavam o protesto, alimentando-se apenas de pão e frutas.

139 – YÁTRICO: O Rito Yátrico foi um ramo da Maçonaria denominada Oculta e foi instituído no século XVIII. Possuía apenas um só Grau, denominado Oráculo de Cós. Foi instituído em homenagem a Hipócrates, nascido na Ilha de Cós

140 – YORK: Este Rito tem, na realidade, três nomes: York, Arco Real e Inglês. Também é de origem escocesa, surgindo em 1717, e foram os Jesuítas que o introduziram em Londres, denominando-o “Rito dos Antigos Maçons”. O Rito compõe-se de quatro Graus: Past-Master, Mark Master, Super Excellent Mason e Santo do Arco Real. Nos Estados Unidos foi ampliado para nove Graus. Encontra-se espalhado pelo Mundo, tendo absorvido os três Graus Simbólicos. Muitlas Logiasen Brasil o adotam, especialmente las de língua Inglesa.

141 – ZINNENDORF: O Rito Zinnendorf recebeu o nome do seu fundador Johann Wilhelm von Zinnendorf (1731-1782), Grão-Mestre da Grande Loja Nacional da Alemanha Durante a vida de Zinnendorf, o Rito foi chamado de Rito Reichell, já que foi George Reichell que o popularizaria, tanto na Prússia e suas possessões, quanto na Rússia. Mais tarde receberia o sobrenome do seu verdadeiro fundador, para diferenciá-lo de outro Rito alemão, o Rito de Schröder. Como o Rito Sueco de onde veio ou o Rito Escocês Rectificado que se lhe seguirá, o Rito Zinnendorf é um rito explicitamente Cristão e Trinitário. Recolhe o Simbolismo Templário da Estrita Observância Templária – de onde provêm os seus membros fundadores -, mas rejeita o Hermetismo e a Alquimia ligados a essa Obediência do século XVIII. Actualmente, sendo uma Obediência Regular, só admite homens e, como os Ritos, Sueco e Escocês Rectificado, não admite visitantes não-cristãos nos seus Graus mais altos. Pertencer a este Rito, significa tornar explícita a crença nos Evangelhos como fonte revelada, bem como na Santíssima Trindade. Pela sua origem, conserva irrestritos direitos de visita e validação de Graus com os Ritos, Sueco e Escocês Rectificado, bem como com o Rito Francês, na sua versão denominada Tradicional ou Restaurada. Na segunda metade do século XVIII, a Estrita Observância Templária encontrava-se em profunda crise, como resultado das suas pretensões políticas que ameaçavam a estabilidade dos estados europeus, mesmo aqueles governados por monarcas maçónicos. Além disso, a sua doutrina era uma mistura de cristianismo templário – mais mítico e fabuloso do que real -, hermetismo e alquimia. A tudo isso somava-se o sigilo dos altos escalões, que os fazia proliferar exponencialmente, na maioria das vezes de forma desordenada. É na tentativa de trazer de volta a ordem, que surgem as Grandes-Lojas que conhecemos hoje. No caso alemão, será a Grande Loja Nacional dos Maçons da Alemanha que ocupará esse lugar. Por volta de 1766, dois importantes colaboradores do Barão von Hund, Johann Wilhelm von Zinnendorf e Johann Christian Schubart (1734-1787), fazem contato com Carl Friedrich Eckleff, fundador do Rito Sueco e colaborador próximo do Duque da Sudermania – o futuro Carlos XIII da Suécia -, na época Grão-Mestre da VII Província da Ordem da Estrita Observância Templária e Grão-Mestre da Grande Loja da Suécia. Eckleff fornecerá a Zinnendorf os Rituais do Rito Sueco, os mesmos que, após algumas modificações, comporão o Rito Reichel ou o actual Rito Zinnendorf. Com esse material em mãos, Zinnendorf criou a Grande-Loja Nacional da Alemanha no ano de 1770. A Grande Loja Nacional da Alemanha rapidamente cresceu e espalhou-se por todo o território, superando imediatamente o número de membros remanescentes que restaram da Estrita Observância Templária. Assim, em 1771, Frederico II da Prússia colocou a Grande-Loja Nacional da Alemanha e o novo Rito em particular, sob a sua proteção, de modo que em 1773 a Grande-Loja de Inglaterra reconheceu o mesmo como regular. Zinnendorf será nomeado Grão-Mestre da nova obediência no ano de 1776. Entre as curiosidades históricas deste Rito está a adesão de Wolfgang Amadeus Mozart, iniciado em 1784 na loja vienense Zur Wohlthätigkeit (O Benevolente), bem como seu pai Leopold Mozart e Joseph Haydn, ambos iniciados no final das suas vidas, posteriormente a Wolfgang Amadeus. Uma comparação com os Rituais do Rito Zinnendorf, permite-nos afirmar que este é o Rito descrito em 1791 em Die Zauberflöte (A Flauta Mágica). Apesar de incluir no libreto muitos elementos ligados à cultura popular e realizar uma interpretação bastante livre do ritual maçónico, as directrizes e semelhanças do que é uma Iniciação Maçónica sob o Rito Zinnendorf, são palpáveis. É um equívoco amplamente difundido que Mozart pertencia à Estrita Observância Templária. Isso seria impossível, pois em 1784, essa Obediência já havia desaparecido definitivamente dois anos antes. Ao contrário da Alemanha, onde Frederico II, ele próprio um Maçon, protegeu a Ordem, na Áustria, o novo Imperador Leopoldo II de Habsburgo, iniciou um duro afastamento da Maçonaria, ligada no seu território aos Illuminati da Baviera. Johann Wolfgang von Goethe também trabalhava este Rito. Ele foi iniciado em Junho de 1780 na loja de Weimar, Amalia zu den Drei Rosen (Amália das Três Rosas), quando, aparentemente, ainda estava trabalhando o Rito Templário da Estrita Observância. No entanto, em 1782, a loja começou a trabalhar o Rito Zinnendorf. Nesta mesma loja, mas em 1820, seria iniciado o “sucessor” de Haydn, Johann Nepomuk Hummel. Na sua estrutura, o Rito Zinnendorf será reformado em alguns detalhes no ano de 1819 por Christian Carl Friedrich Wilhelm von Nettelbladt (1779-1843), altura em que adquire a sua forma actual e é adoptado o sistema de dez Graus que hoje tem. Anteriormente neste sistema, eram trabalhados os seguintes sete Graus: Maçonaria Azul ou de São João 1. Aprendiz 2. Parceiro 3. Mestre; Maçonaria Vermelha ou Santo André, 4. Aprendiz e Companheiro Escocês, 5. Mestre Escocês; Capítulo Maçonaria 6. Clérigo ou Favorito de São João 7. Irmão Escolhido.

142 – ZODíACO MAÇÓNICO: Conhecido também sob a denominação de Rito Astrológico, era composto de doze Graus, que abrangiam os doze signos do Zodíaco. Era a aplicação do conhecimento da Astrologia na Maçonaria, mas teve pouca importância e a sua duração foi efémera, desaparecendo poucos anos após a sua criação.

A relação de Ritos que apresentamos, não pretende ser exaustiva, não apenas porque não chegaram até aos dias de hoje referências a outros mas, e principalmente, porque não pretendemos ser depositários da Verdade ou do Conhecimento; o aprendizado de um Maçon, nunca termina.

No séc. XVIII e nos inícios do séc. XIX, a sede de Cultura Esotérica e as Espiritualidades fervilhavam nas côrtes europeias, o que originou – com a criação da chamada Maçonaria Especulativa -, a vontade da criação dos mais diversos caminhos para a descoberta e estudo de tudo o que era espiritual e racional e que melhor método para o fazer – a par da Religião Cristã mas, neste caso, reduzindo muitos aspectos do Conhecimento à crença nos Dogmas e à força da Fé -, que não o Maçónico, com a sua estrutura devidamente delineada e estabelecida, mas permeável ao desenvolvimento de lendas, conceitos, personalidades, etc.?

Grande parte das casas nobres de então, possuíam um Rito ou um Ritual Maç∴ , como o do Marquês de Gages que abaixo anexamos (Nota: a publicar separadamente para não extender mais este artigo), na versão que até nós chegou, a título de curiosidade.

Trabalhemos na Concórdia e na Harmonia, à Honra do G∴ A∴ d∴ U∴.

Traçado a Oriente do Estoril, no vigésimo sexto dia do segundo mês do ano de 2024 E∴ V∴.

P. Aires, M∴ M∴ – R∴ L∴ Egas Moniz n° 18 (GLLP / GLRP)

Fonte

  • AM News nº 10 (4 de Maio de 20124) – Boletim da Academia Maçónica da Grande Loja Legal de Poertugal / GLRP

Principal Bibliografia consultada

  • Dicionário Maçónico de Rizzardo da Camino,
  • Dicionário de Maçonaria de Gervásio de Figueiredo,
  • Dicionário de Maçonaria de Portugal de A.H. de Oliveira Marques,
  • Enciclopédia Histórica do Mundo Maçônico de Renato de Alencar,
  • Dicionário de Esoterismo de Pierre Riffard,
  • Encyclopédie de la Franc-Maçonnerie das Editions Livre de Poche,
  • Secret Societies de Nick Harding,
  • Alquimia e Misticismo o Museu Hermético de Alexander Roob,
  • La Historia del Rito Antíguo y Primitivo de Memphis,
  • Rituais
    • de Berna,
    • do Rito Antigo Inglês,
    • Simbólicos da Alquimia Maçónica,
    • do Regime Escocês Rectificado,
    • do Rito Escocês Antigo e Aceite,
    • do Rito de York,
    • do Rito da Grande Loja da Califórnia,
    • Duncan’s Masonic Ritual and Monitor,
    • da Maçonaria Eclético-Lusitana,
    • do Rito Francês ou Moderno,
  • Freemasonry and its Ancient Mystis Rites de C.W. Leadbeater,
  • Cahiers de l’ Originel n°s 2 e 4,
  • Diccionario Enciplopédico de la Mosonería de Lorenzo Frau Abrine

Deixe um comentário

Rolar para cima